segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Sendo Transformados pela Renovação da Mente

Sendo Transformados – A Renovação da Mente

Leitura: RM. 12:1, 2

A escrever sua carta aos cristãos que estavam em Roma, por volta do ano 57 D.C. enquanto estava em Corinto – uma cidade litorânea do Peloponeso na Grécia, o apóstolo Paulo escreveu-lhes preciosas orientações, entre as quais estas do texto em estudo. Vejamos o teor do conselho, o motivo e o propósito...

Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de DEUS, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, que para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de DEUS” (RM. 12:1,2)

Nessa passagem, Paulo faz um “rogo”, um pedido insistente porém em humildade. Seu pedido está baseado na misericórdia de DEUS e tem um alvo: que eles oferecessem seus corpos a DEUS como um sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS.
Porque ele usa a expressão “sacrifício vivo”?
Como profundo conhecedor dos costumes judaicos, o apóstolo faz menção ao “sacrifício diário” citado no Antigo Testamento, que devia ser apresentado a DEUS – NM. 28:4. Na Antiga Aliança (Velho Testamento), quando alguém pecava e se dirigia ao templo (ou à Sinagoga) para apresentar-se diante de DEUS, não podia chegar de mãos vaziasÊX. 23:15; DT. 16:16 – era necessário levar um sacrifício, um animal para ser sacrificado (morto)HB. 9:22; LV. 4:35; 9:3.
Entretanto, com a vinda de JESUS, houve uma mudança com relação ao sacrifício... ELE próprio (JESUS) ofereceu-se como o “Cordeiro de DEUS” (JO. 1:29) em sacrifício no nosso lugar – RM. 5:8; 1 CO. 5:7; 1 TS. 5:10 e referências.
Hoje, para nos achegarmos a DEUS, já não temos que levar um sacrifício, mas vamos diante de DELE confiando no sacrifício de JESUS, vamos a DEUS “em Nome de JESUS” – JO. 14:13,14.
Contudo, para que sejamos aceitos diante de DEUS, para que “experimentemos Sua boa, agradável e perfeita vontade”, é necessário que apresentemos a ELE o nosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável...
Como é isso? Nossa carne clama por conforto, por prazeres – alguns até lícitos – por saciar seus instintos. Entretanto, o corpo deve nos servir, e não nós a ele. Quando o Reino de DEUS exigir, meu corpo deverá abrir mão de coisas lícitas: comer, beber, dormir... Meu corpo  tem que servir aos propósitos de DEUS, aos objetivos do Seu Reino!
Quando “imponho” ao meu corpo as prioridades do Reino de DEUS, estou tornando-me um “sacrifício vivo”. Porém, nessa passagem, o sacrifício não é um fim em si mesmo... O “fim” ou propósito é o “culto racional”, ou “adoração com entendimento”. DEUS deve ser adorado, e o homem, como ser dotado de inteligência e razão, deve adorar ao seu Criador de maneira “inteligente”. Outro detalhe: a forma de prestar esse “culto” ou “adoração” ─ “Santo e agradável a DEUS”.
O pedido de Paulo (na verdade de DEUS através do apóstolo) é no sentido de que o corpo seja mantido puro e santo – separado para DEUS – e também viva de forma agradável a DEUS.
Para que entendamos o que está envolvi nesse pedido, nessa “evolução ou desenvolvimento de conduta”, precisamos recorrer a outros textos. Comecemos com 2 Coríntios 6:14 – 7:1.

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso. Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus. (2 CO. 6:14-7:1)

Aqui encontramos alguns princípios que devem nortear-nos...
·         Não estar preso a um “jugo desigual” com infiéis
o  “jugo” é uma espécie de “canga”, usada, na agricultura, para emparelhar uma junta de animais de carga (dois bois, por exemplo). No texto, significa não ser “companheiro” de infiéis, pois a Palavra nos adverte que “as más conversações corrompem os bons costumes” (1 CO. 15:33) veja-se também PV. 13:20; 22:24.
o  Não há sociedade da justiça (fiel) com a injustiça (infiel);
o  Não há comunhão da luz (filho de DEUS) com as trevas (escravos de satanás);
o  Não há concórdia entre CRISTO e Belial (um demônio da noite);
o  Não há parte do fiel (discípulo de JESUS) com o infiel (religioso);
o  Não há consenso entre o templo de DEUS (nosso corpo – 1 CO. 3:16) com o templo dos ídolos;
o  Não tocar (se contaminar) com nada imundo (isso envolve o que vemos e ouvimos também);
o  “Sair” envolve santificação, separação de tudo o que desagrada a DEUS;
o  Purificar-se de “toda a imundícia” da carne e do espírito;
o  Aperfeiçoar a santificação no temor de DEUS.

Depois, no versículo 2, o apóstolo continua:

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente (ou do vosso entendimento), para que experimenteis qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de DEUS”. (RM. 12:2)

Não vos conformeis com este mundo – aqui, o “conformar” tem o sentido de colocar-se em harmonia com, resignar-se, concordar, identificar-se... O pedido, então, de Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, é que o cristão não aceite a forma deste mundo, não se harmonize com este mundo, com o pensamento deste mundo, pelo contrário, que permita ter seu pensamento transformado pelo Espírito Santo, que suas faculdades sejam controladas pelo SENHOR, O ESPÍRITO, a fim de que, então, experimente a boa, perfeita e agradável vontade de DEUS.

Para refletirmos... 

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