quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Deixando o “Arraial” para Unir-se a CRISTO

Leitura: Hebreus 13:1-17

Vocabulário:
Arraial: Acampamento (ÊX. 16:13)

Quando os israelitas deixaram o território do Egito, onde viveram como escravos durante muitos anos, durante toda a sua jornada as famílias habitaram em tendas, como podemos ver em Números 2:1,2.

É interessante vermos nesse livro, que cada uma das doze tribos de Israel tinha “sua própria bandeira”, e agrupavam suas tendas, cada  tribo “debaixo da sua bandeira” (conforme figura a seguir)

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A esse gigantesco agrupamento de tribos, alojadas em tendas, denominava-se de “Arraial”, o “Arraial de Israel”, ou o “Arraial do Povo de DEUS” (NM. 4:5, 5:2).

Estima-se que a multidão que saiu do Egito naquela ocasião era de aproximadamente três milhões de pessoas (3.000.000), contando-se homens, mulheres e crianças. Contudo, a despeito de serem tantos, a despeito de cada tribo ter “uma bandeira” distinta das demais (conforme figura acima), cada chefe de tribo, e cada família entendia (e assim agia) que todos faziam parte de um só povo. Todos adoravam “Um Único DEUS”, e fundamentavam-se sob “uma só Lei”, pois todos receberam os mandamentos de DEUS pelos quais eram regidos.

O que mudou, desde então, para os dias atuais?
Gostaria de, junto com você, traçar um paralelo entre o arraial do povo de DEUS do passado e do presente. Descobriremos o que mudou, e qual a atitude a ser tomada por aqueles que fizeram com DEUS uma aliança.

Quando DEUS enviou Moisés para libertar o povo do Egito, ELE tinha um desejo; DEUS queria fazer de Israel uma nação de sacerdotes (ÊX. 19:1-6).

O desejo original de DEUS é que cada pessoa seja santa, que cada pessoa seja um sacerdote, e não apenas algumas. Quando, no Antigo Testamento, apenas a família de Arão foi escolhida para administrar o sacerdócio, foi porque somente os filhos de Levi se dispuseram a colocar o amor ao SENHOR acima do sentimento humano, se dispondo a qualquer coisa pelo SENHOR. Quando todos os demais se entregaram à prostituição, os filhos de Levi se consagraram a DEUS (ÊX. 32:1-29 [vs. 27-29]).

A partir dessa apostasia do povo do arraial, o “tabernáculo” onde DEUS se manifestava e falava com Moisés passou a ser “armado” (montado) “fora” do arraial, “bem longe do arraial” (ÊX. 33:7).

Este é o sentido do convite registrado em Hebreus 13:13, no Novo Testamento!

O que hoje é chamado de “arraial de DEUS”, essa “grande multidão” de “tendas” (religiões, templos), esses vários grupos que levantam, cada qual, “a sua bandeira” (sua placa, sua denominação), sim, essa grande multidão que toma o nome de DEUS, tem se desviado do chamado original do SENHOR, tem feito alianças com o mundo, tem se prostituíido e amado o dinheiro.

Textos como Mateus 6:19, 24, não têm sentido para esses que hoje se autodenominam líderes do povo de DEUS, homens que dividem o povo de DEUS sob os mais variados pretextos, e que exloram a ignorância do povo. JESUS ordenou que “não ajuntemos tesouros na Terra”, mas esses mercenários só fazem é enriquecer e construir seus próprios impérios e riquezas à custa da ignorância de seus seguidores.

A vida prática da Igreja de CRISTO, mencionada em Atos 2:42-47 e Atos 4:32-35, e também o que é dito em 2 Coríntios 8:12-15; 8:8-12, é, no mínimo ignorado pela maioria dos cristãos de nossos dias; a prática mencionada em tais passagens é tida como algo “impraticável” nos dias atuais. Mas isso somente porque, à semelhança do povo de Israel, se afastaram da vontade original de DEUS, seguindo o conselho dos ímpios e buscando seus próprios interesses.

Passagens como Atos 17:24 e 7:48 perdem o sentido para os líderes religiosos de nossos dias, que se preocupam em construir enormes e luxuosos templos, gastando aquilo que deveria ser usado para suprir as necessidades dos filhos de DEUS, com a manutenção de seus templos, expressão gritante de sua soberba. Constroem “nomes para eles próprios”, seguindo o espírito de confusão que atuou nos homens da antiguidade, induzindo-os a construir a “torre de Babel” – GN. 11:4.

Ignorando que DEUS não é DEUS de confusão (1 CO. 14:33), esses pseudopastores dividem os filhos de DEUS, criando a confusão na mente das pessoas que não conhecem o Evangelho de CRISTO.

Por tudo isso, e muito mais, é necessário “sairmos a ELE, fora do arraial”, ainda que para isso, “levemos o escárnio” dos religiosos de plantão.

Hoje a plenitude da vida de CRISTO e de Sua Palavra está fora do que a sociedade reconhece por “igreja”, e que, na verdade, não passam de meras “instituições religiosas”, que não têm a vida da Igreja. Isso que hoje é chamado de “igreja” tornou-se um “clube social”, onde as pessoas vão para “sentir-se bem”, ou para “passar o tempo”, numa mera reunião “de entretenimento ou de negócios”.

É tempo de atender ao convite feito por DEUS em Apocalipse 18:4.
Basta de confusão! CRISTO nos chama a edificar a Sua Igreja!
E você? O que você está edificando?

Reflita nessas coisas!

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

No meio dos Lobos

Leitura:

“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas”.
Mateus 10:16

“Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos.”
Lucas 10:3

“Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa.”
João 10:12

       Quando o SENHOR JESUS fez a declaração registrada em MT. 10:16, ELE bem sabia em que “meio social” os discípulos iriam estar vivendo. JESUS bem sabia qual a “natureza” do homem. Assim que, de maneira muito “natural” JESUS disse aos Seus discípulos que estariam no “meio de lobos”, e que, por essa razão, deveriam ser “prudentes como as serpentes”, porém “símplices como as pombas”. Vamos entender nas próximas linhas, as implicações de se estar “em meio a lobos”, e também “quem são os lobos” contra os quais JESUS adverte os Seus seguidores.

AT. 20:29-30
Aqui o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, faz um alerta à Igreja, afirmando que iriam entrar no meio dos cristãos “lobos cruéis”, que “não perdoariam o rebanho”. Ele identifica esses “lobos” como sendo “homens que falam coisas perversas, para atraírem discípulos após si”.

JO. 10:12
Aqui o próprio JESUS afirma que o “lobo” arrebata e “dispersa” as ovelhas (Ler EZ. 34:31). Mas ele (o lobo) só tem êxito em dispersar as ovelhas quando quem “cuida” delas é um “mercenário” e não um pastor.

Neste momento torna-se relevante conhecermos as características de um lobo (animal), a fim de podermos identificar os “homens-lobo” citados por JESUS.

O LOBO

O lobo é um animal “selvagem”. Isso significa que ele é “cruel”, “violento”, “mau”, “sem piedade”, “perverso”. Será que há alguma semelhança com os homens de nosso tempo?

O lobo é “oportunista”. Isso significa que eles, como animais carnívoros, não desperdiçam uma oportunidade de “forrar seus estômagos”. Mesmo que isso signifique devorar outros de sua própria espécie.

O lobo, nas palavra de JESUS, dispersa as ovelhas (JO. 10:12). Por que motivo “o lobo quer a ovelha distanciada de seu rebanho”? Ao contrário do pastor que procura reunir as suas ovelhas formando um só rebanho (JO. 10:16), o lobo quer cada ovelha “separada”, “sozinha”, afastada do rebanho. E por que razão? O lobo sabe que, sozinha, a ovelha é uma presa fácil. Enquanto está no meio do rebanho, guardada por seu pastor, a ovelha está segura ─ SL. 23:1-6). Porém, quando ela “se isola do rebanho”, torna-se presa das “feras do campo” – conforme EZ. 34:5,8. O lobo “arrebata e dispersa” as ovelhas, para “devorá-las”, e para que elas sejam devoradas pelas “feras” do campo…

Se tomarmos o rebanho por “Igreja”, e o campo pelo “mundo”, então precisamos ter aqui discernimento sobre quem são os lobos…

Os lobos, na Bíblia, assim como os “cães”, são os “maus obreiros”, aqueles que “têm aparência de piedade”, mas negam-na em suas vidas. Vale a pena ler Mateus 7:15…

Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
Mateus 7:15

Resultado de imagem para ovelha entre lobosEm outras palavras, há homens que se arrogam “líderes religiosos”, mas seu único propósito é “devorar”, é espoliar aqueles que os seguem.

Por isso a Palavra de DEUS nos fala para “fugir dos maus obreiros” – FP. 3:2

Em meio a esta geração, onde os homens têm se tornado escravos de Mamon (o deus das riquezas), é preciso nos rendermos ao Evangelho de CRISTO, fazendo dos bens, “sementes” e “recursos” a fim de que outros conheçam a CRISTO.

E você? Está fugindo dos lobos? Ou está sendo devorado(a) por eles?

terça-feira, 9 de outubro de 2018

A Igreja Primitiva e a Igreja Moderna

A IGREJA PRIMITIVA X A “IGREJA” MODERNA

Antes que possamos fazer uma comparação entre a “Igreja Primitiva” e a “Igreja Moderna”, é fundamental que antes tenhamos uma compreensão do significado da própria palavra “Igreja”, a fim de aplicá-la de forma correta. Passaremos, portanto, primeiramente à questão do termo propriamente dito…

QUAL O SIGNIFICADO DO TERMO “IGREJA”?

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A despeito do fato de que a maioria da sociedade trata por “igreja” o templo onde os cristãos se reúnem, e ainda que no Salmo 122:1, o salmista chame o templo em Jerusalém de “Casa do SENHOR”, não é essa a correta aplicação do termo.

A palavra Igreja tem origem no grego [ekklesia]. Etimologicamente a palavra grega ekklesia é composta de dois radicais gregos: ek que significa (para fora) e klesia que significa (chamados).

Logo, dentro do contexto bíblico, e da própria etimologia da palavra, quando usamos o termo “igreja” para designar um templo religioso, estamos usando de forma incorreta a palavra que, nos lábios de JESUS, em Mateus 16:18, quando ele menciona “a minha igreja”. JESUS está afirmando, nessa passagem, que ELE vai “edificar a sua Igreja”, ou, à luz do significado do termo, que ELE vai “chamar para fora do mundo” um grupo de pessoas – leia-se Lucas 6:13.

Em outra passagem, (Mateus 18:15-20), a Igreja tem um aspecto “local”, a saber, trata-se de uma “reunião no lugar onde moro” e onde posso falar e ser ouvido, e também resolver pendências com outros filhos de DEUS – compare com 2 CO. 6:1-12.

Durante o curto período de 42 meses em que JESUS esteve exercendo o Seu ministério de pregar o Evangelho do Reino, ele formou 12 discípulos a quem denominou apóstolos. Enquanto fazia Sua escolha, JESUS estava, na verdade, levantando os alicerces (colunas) sobre os quais edificaria Sua Igreja.

Depois de Sua ressurreição, o SENHOR JESUS ordenou aos Seus discípulos que “não se ausentassem de Jerusalém até que fossem revestidos com o Espírito Santo”. Depois do revestimento, deveriam “sair e pregar o Evangelho em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da TerraLC. 24:49; AT. 1:8.

Num sentido mais amplo, a Igreja é comparada a um “Corpo”, o “Corpo de CRISTO”, o “Corpo Místico, Espiritual” de CRISTO – 1 Coríntios 12:12; Efésios 1:22,23; Hebreus 3:6; 1 Timóteo 3:15; 1 Pedro 2:5; João 11:51, 52 e referências.

Quando surgiu a 1ª Igreja

Podemos dizer, quanto à quando surgiu a 1ª. Igreja, que ela começou “no dia de Pentecostes”, quando o Espírito Santo revestiu os 120 discípulos reunidos e eles pregaram a todos que estavam em Jerusalém, de forma que, logo após a 1ª. Pregação feita por Pedro, quase três mil almas foram batizadas e passaram a viver como Igreja – AT. 2:14-41.

Precisamos lembrar, entretanto, que em seu princípio, a Igreja era composta unicamente por judeus... somente em Atos 10 é que o Evangelho chega também para os “gentios[1]”. Enquanto ouviam o discurso de Pedro, as pessoas que estavam na casa de Cornélio, foram “cheias com o Espírito Santo” e posteriormente “batizadas nas águas”, sendo incluídas na Igreja – AT. 10:44-48.

Posteriormente o Evangelho foi levado até Antioquia, e ali estabeleceu-se uma Igreja não apenas composta por judeus, mas agora, também com gentios – AT. 11:19-21.

A diferença entre “Igreja” e “Religião”

clip_image004À luz da Palavra de DEUS (Bíblia Sagrada), Igreja é o “Corpo de CRISTO” (CL. 1:24); é a “Casa de DEUS” (HB. 3:6; 1 TM. 3:15; 1 PE. 2:5); a “lavoura de DEUS” e o “edifício de DEUS” (1 Coríntios 3:9). No sentido mais amplo da Palavra, o termo Igreja se aplica a todos aqueles que “nasceram de novo”, tendo sido gerados pela Palavra de DEUS – 1 PE. 1:23, JO. 1:12 – aqueles que ouviram o Evangelho do Reino de DEUS, se arrependeram, se converteram a CRISTO e foram nELE batizados – MC. 16:15,16; AT. 2:38-41; GL. 3:27,28...

A Igreja, portanto, está diretamente relacionada com CRISTO, pois ela é o Seu Corpo.

A religião, entretanto, está ligada à doutrinas, regas, líderes, costumes, etc., não necessariamente a CRISTO. Até mesmo as religiões ditas “cristãs”, que têm em seus títulos ou placas algum nome que as relacione com DEUS ou com CRISTO, são, na verdade, instituições religiosas, associações ou sociedades humanas, estabelecidas por homens e não por CRISTO. Por isso mesmo, funcionam independentemente da ação do Espírito Santo, porque não foram originadas por ELE.

JESUS não deixou nenhuma “religião”, mas deixou-nos, sim, o Seu exemplo e a Sua vida. Essa vida está expressa unicamente no Seu Corpo, na Sua Igreja.

A Igreja, por ser “um Corpo”, possui “membros”, e estes membros, por sua vez, foram “colocados por DEUS” (1 CO. 12:18) no “Corpo”, e “cada membro, no Corpo, tem sua própria função” (leia 1 Coríntios 12:12-27). Os “membros do Corpo” estão vinculados entre si, estão ligados “pela vida de CRISTO” que neles há.

A religião, entretanto, por ser uma “instituição”, possui “associados”, e estes, “se filiam” à religião impelidos por interesses próprios, onde esperam alcanças “cargos”, e obter “vantagens”, ainda que sejam vantagens “psicológicas”.

A Igreja é um “Organismo Vivo”, não tem “sede própria” ou “endereço fixo”, porque, como JESUS afirmou, “onde estiverem dois ou três reunidos em Meu Nome, ali estou Eu no meio deles”. A autoridade suprema na Igreja é CRISTO – o Cabeça, e a lei máxima, é a Palavra de DEUS, e só a ela é que a Igreja está submetida.

A religião, pelo contrário, por ser uma entidade jurídica, tem sede própria, tem diretoria, tem estatuto e normas, e obedece às leis governamentais humanas.

A Igreja é estabelecida sobre dois princípios inegociáveis: CRISTO como o fundamento – 1 CO. 3:11 – e a cidade como base (uma igreja em cada cidade).

A religião é estabelecida sobre princípios e valores humanos, sobre doutrinas de homens e, por isso mesmo, há várias religiões em cada cidade.

A Igreja é reconhecida por DEUS, pois estabelece na vida das pessoas o Reino de DEUS, o governo de CRISTO, e é a “coluna e firmeza da verdade” (1 TM. 3:15).

A religião é condenada por DEUS, pois afasta as pessoas da prática da vida do Reino de DEUS, colocando os homens sob o governo humano, conduzindo os homens pela mentira.

A Igreja combate a divisão entre os filhos de DEUS, ao contrário das religiões que criam essas divisões.

Em 1 CO. 3:1-4; GL. 5:19-21; TG. 3:13-16; e referências, é muito clara a questão de que as divisões existentes entre os filhos de DEUS, as religiões, são obras da carne, e não foram iniciadas pelo Espírito Santo.


[1] Gentio – designação dada a qualquer indivíduo que não fosse judeu. Por conta do Concerto feito entre DEUS e Israel, todo homem que não fazia parte do Concerto, era tido por “gentio”.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

A EDUCAÇÃO NOS TEMPOS BÍBLICOS





       Nos ateremos aqui à “Educação” como mostrada na Bíblia Sagrada, praticada desde o início da humanidade. Nos utilizaremos, portanto, da Bíblia Sagrada para fundamentar todo o artigo.
       Para compreendermos de forma ampla a educação dentro do contexto bíblico, vamos nos reportar ao início da humanidade… Quando DEUS instituiu o primeiro casamento, do qual, naturalmente, surgiram filhos os quais, obviamente, eram educados por seus próprios pais.
E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele. Então, o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”.
Gênesis 2:20-24
“E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do SENHOR um varão. E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.”
Gênesis 4:1-2
       Encontramos Adão e Eva tendo aqui dois filhos homens… Caim e Abel… Não significa que só tiveram esses dois filhos, pelo contrário, a Bíblia nos fala que Adão teve “filhos e filhas” (Gênesis 5:4). Ocorre que as famílias eram plenamente patriarcais e as mulheres “não eram mencionadas”.
        Voltando à questão da educação, há um provérbio na Bíblia que afirma:
mestrelecionandoInstrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.”
Provérbios 22:6
Portanto, a questão da educação começa desde o nascimento… E os responsáveis pela instrução ou ensino da criança, são os pais… No texto em questão, vemos que Abel cresceu e se tornou “pastor de ovelhas” e Caim se tornou “lavrador da terra”… Quem os ensinou? Certamente foi Adão… Pois a incubência de Adão era “lavrar” o Jardim do Éden – GN. 2:15.
Agora, porque a diferenciação de ocupação entre ambos? Certamente que ao instruir seus filhos quanto ao trabalho a ser por eles desempenhado, já que “o homem  nasce para o trabalho” ─ Jó 5:7, certamente que os pais de Caim e Abel, responsável pelo sua educação e instrução, observaram muito bem quais as aptidões físicas de cada um, antes de “dar-lhes a formação”.
Logo, ao educar seus filhos, as famílias desde os primórdios já procuravam saber qual suas aptidões, não buscando dar aos filhos uma “formação padrão”, ou seja, uma “produção em série”… Cada filho é formado e “forjado” confomre suas próprias aptidões e capacidades.
Não apenas em relação ao serviço os filhos eram instruídos pelos pais, mas também em relação às coisas espirituais. Pois vemos, posteriormente, Abel e Caim levando, cada um, uma “oferta a DEUS” ─ Abel ofertou das “primícias de seu rebanho”… Ora, ele fez isso por dedução? Certamente que não! Seu pai o instruiu sobre a questão do sacrifício devido a DEUS. Tanto é que em Gênesis 4:26, ao nascer o neto de Adão, começou-se a invocar o Nome do SENHOR. A questão do mundo espiritual – e não apenas o mundo físico – fazia parte da instrução legada pelos pais aos filhos…
Educar a criança quanto às questões físicas, emocionais (psicológicas) e espirituais, está de acordo com o texto de 1 Tessalonicenses 5:23 que nos afirma que somos seres com tripla composição – espírito, e alma e corpo.
Vale a pena examinarmos se no que diz respeito à instrução, à educação de nossas crianças hoje, elas estão sendo instruídas física, psicológica e espiritualmente.