quinta-feira, 4 de julho de 2024

CONHECENDO A VERDADE - A REENCARNAÇÃO (Série de Estudos Bíblicos)

A Reencarnação

Historicamente falando, a ideia da reencarnação surgiu no norte da Índia, na região hoje conhecida como Nepal, entre os anos 1.000 e 600 a.C., exatamente na época em que Davi e seus descendentes governavam Israel até a queda de Jerusalém.

Na Grécia Antiga, essa ideia veio através do Orfismo, uma antiga tradição religiosa e filosófica que teve origem na Grécia Antiga. Atribui-se a ela o lendário poeta Orfeu, um poeta, músico e cantor da mitologia grega. Sua história trágica e habilidade musical excepcional o tornaram uma figura lendária Diferente das crenças tradicionais dos gregos, o Orfismo propunha uma visão mais espiritual e purificadora da vida após a morte. Seus princípios incluíam a crença na imortalidade da alma, a transmigração das almas (reencarnação) e a busca pela purificação espiritual. Essa tradição influenciou artistas, filósofos e pensadores da época, deixando um legado importante no desenvolvimento do pensamento humano

Um dos pioneiros no estudo do espiritismo e na exploração da ideia de que a alma é imortal e passa por uma série de encarnações para evoluir espiritualmente foi Hippolyte Léon Denizard Rivail, que se autonomeou de Allan Kardec, um filósofo francês do século XIX.

Allan Kardec, cujo nome verdadeiro era Hippolyte Léon Denizard Rivail, nasceu na França em 1804 e dedicou 30 anos de sua vida à educação. Ele foi um educador, escritor e tradutor francês, conhecido por seu papel fundamental na codificação do Espiritismo. Sobre sua vida e contribuições:

1.      Origens e Educação:

o    Rivail nasceu em Lyon e foi criado como católico romano.

o    Ele estudou filosofia e ciências, tornando-se um acólito[1] e colega de Johann Heinrich Pestalozzi.

o    Completou um Bacharelado em Artes e um doutorado em medicina. Além do francês, era fluente em alemão, inglês, italiano e espanhol.

2.      Interesse no Espiritismo:

o    Após sua educação na Suíça, Kardec se interessou pelo protestantismo.

o    Durante a década de 1850, ele estudou uma série de fenômenos aparentemente inexplicáveis que ocorriam em Paris.

3.      Codificação Espírita:

o    Kardec compilou suas descobertas em cinco livros conhecidos como a “Codificação Espírita”:

§  “O Livro dos Espíritos” (1857): Contém diálogos com espíritos sobre temas como vida após a morte, reencarnação e moralidade.

§  “O Livro dos Médiuns” (1861): Explora a mediunidade e a comunicação com o mundo espiritual.

§  “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864): Apresenta os ensinamentos morais do Espiritismo.

§  “O Céu e o Inferno” (1865): Discute a vida após a morte e a justiça divina.

§  “A Gênese” (1868): Aborda a origem do universo e a evolução espiritual.

4.      Fundador do Espiritismo:

o    Kardec organizou grupos de estudo e promoveu o Espiritismo em toda a Europa.

o    Sua abordagem racional e científica atraiu muitos seguidores.

o    Ele faleceu em 1869, mas seu legado continua vivo através dos princípios do Espiritismo.

Allan Kardec desempenhou um papel crucial na divulgação e sistematização dessa doutrina, que se propagou em vários países, notadamente no Brasil.

Ele escolheu o nome “Allan Kardec” depois de uma experiência em que um suposto espírito familiar[2] revelou uma vida anterior dele entre druidas celtas da região da Gália. No Brasil, a doutrina espírita kardecista encontrou solo fértil, sobretudo ao longo do século 20. Segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o espiritismo é considerado a terceira religião com mais adeptos no país, depois do catolicismo e das denominações evangélicas.

No Brasil, o espiritismo entrou através de algumas figuras importantes que contribuíram para sua disseminação:

Casimir Lieutaud: Educador francês que traduziu o livro “Os Tempos São Chegados” para o português. Essa obra foi a primeira impressa sobre o Espiritismo no Brasil, em 1860.

Bezerra de Menezes: Conhecido como o “Médico dos Pobres”, é chamado por muitos de “Kardec Brasileiro”. Contribuiu significativamente para a popularização do Espiritismo no país.

Chico Xavier: Psicografou mais de 450 livros com ensinamentos espíritas, tornando-se um grande expoente da Doutrina.

Em outras palavras, o espiritismo encontrou receptividade no Brasil devido à propensão à crença em espíritos e entidades, já presente nas religiões afro-brasileiras e afro-indígenas, bem como no catolicismo popular. A matriz cultural brasileira sempre foi mais emotiva e mágica, o que favoreceu a aceitação do espiritismo kardecista

Outro ensino notadamente conhecido entre os espíritas é a respeito da mediunidade.

Mediunidade, ou canalização, é a prática de supostamente mediar a comunicação entre os espíritos dos mortos e pessoas vivas. Os praticantes são conhecidos como "médiuns". Entre as formas mais conhecidas de mediunidade estão o transe, as mesas girantes e o tabuleiro ouija.

Apesar de ser uma crença disseminada pela maioria das sociedades ao longo da história humana, foi a partir do século XIX que a mediunidade começou a ser um objeto de intensa investigação científica. Investigações durante este período revelaram grande número de fraudes, com alguns praticantes empregando técnicas conhecidas de ilusionismo, e a prática começou a perder credibilidade. Apesar de não haver consenso da comunidade científica acerca dos fenômenos mediúnicos, a prática ainda é popular ao redor do mundo.

Espiritualistas alegam que quando espíritos desejam comunicar-se, podem entrar em contato com a mente do médium ativo, e, assim, se comunicar por várias formas, como oralmente (psicofonia), pela escrita (psicografia), ou ainda se fazendo visível ao médium (vidência). Também afirmam existir a mediunidade de psicometria, que consiste em um médium ler impressões e recordações pelo contato com objetos comuns; e a mediunidade de cura, que se refere ao alegado poder de curar ou aliviar os males pela imposição das mãos ou pela prece.

Vale ressaltar aqui que em tempo algum essa ideia ou ensinamento fez parte dos ensinos de JESUS CRISTO, a despeito do fato de que os adeptos desse ensino "torçam algumas passagens das Escrituras Sagradas (Bíblia Sagrada)" para fundamentar seus ensinamentos a respeito da reencarnação.

A Reencarnação, portanto, é uma entre tantas outras mentiras que o diabo colocou na mente humana, para afastar os homens da verdade do Evangelho de JESUS CRISTO!

[1] Acólito: Na igreja católica romana, é o ministro que acompanha e auxilia o celebrante a conduzir o atos litúrgicos.

[2] Leia Isaías 8:19, 20.

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