sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


A Cura Divina – 1ª. parte

Caro(a) leitor(a),

Dede os primórdios da civilização o homem tem estado às voltas com diversos tipos de doenças, enfermidades da alma e do corpo. Na verdade, a enfermidade foi um legado passado a toda a raça humana como consequência do pecado de Adão, o cabeça da raça humana.
Bem cedo, todavia, o homem também começou a estudar e desenvolver maneiras de tratar as doenças e mazelas que o atormentavam, donde surgiu a medicina e outros tipos de tratamentos mesmo alternativos das doenças.
Contudo, há uma forma de se buscar (sem dinheiro e sem preço) uma solução definitiva para as doenças que atormentam o homem.
A seguir, procuraremos falar um pouco a respeito da cura Divina.
Para tal, é preciso, antes de qualquer coisa, definir o que é a enfermidade do ponto de vista escriturístico. Assim, podemos entender que...

1.             O que é Enfermidade?
A.            Maldição - DT. 28:15, 22, 27, 28, 35, 59-61 ÕSerá, porém que, se não deres ouvido à voz do SENHOR teu DEUS para não cuidares em fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então sobre ti virão todas estas maldições e te alcançarão: O SENHOR te ferirá com a tísica e com a febre, e com a quentura, e com o ardor, e com a secura, e com destruição das sementeiras e com ferrugem; e te perseguirão até que pereças. O SENHOR te ferirá com as úlceras do Egito, com hemorróidas, e com sarna, e com coceira, de que não possas curar-te; O SENHOR te ferirá com loucura, e com cegueira, e com pasmo do coração: O SENHOR te ferirá com úlceras malignas nos joelhos e nas pernas, de que não possas sarar, desde a planta do teu pé até ao alto da cabeça. Então o SENHOR fará maravilhosas as tuas pragas, e as pragas de tua semente, grandes e duradouras pragas, e enfermidades más e duradouras; E fará tornar sobre ti todos os males do Egito, de que tu tiveste temor, e se apegarão a ti. Também o SENHOR fará vir sobre ti toda a enfermidade e toda a praga que não está escrita no livro desta lei, até que sejas destruído”. - Temos aqui a descrição de enfermidades que são conseqüência da desobediência aos mandamentos do SENHOR (enfermidades conhecidas naquela época). Acreditamos, porém, que todas as enfermidades estão enquadradas na maldição citada neste último versículo: “toda a enfermidade e toda a praga que não está escrita no livro desta lei...”. A bênção da cura divina, é procedente da obediência conforme lemos em ÊX. 23:25 - “E servireis ao SENHOR vosso DEUS, e ELE abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades”. Também em ÊX. 15:26 - E disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR teu DEUS, e obrares o que é reto diante de Seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos Seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque Eu Sou o SENHOR que te sara”. - As enfermidades são maldições provenientes da desobediência e da transgressão da lei de DEUS. Porém CRISTO nos resgatou da maldição, ou seja, nos comprou para fora da maldição da lei (GL. 3:13), e nELE podemos ser livres das maldições e das enfermidades, pois escrito está que “pelas Suas pisaduras fomos sarados”.
B.            Cativeiro - JÓ. 2:4-8; 42:10 - No capítulo 2, vemos que Satanás pediu autorização para DEUS a fim de tocar no corpo de Jó; o SENHOR o permitiu e Satanás feriu a Jó de chagas malignas desde a planta dos pés até à cabeça (JÓ. 2:7). No capítulo 42, vemos que o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando este orava pelos seus amigos. A enfermidade aprisiona, cativa, prende - LC. 13:10,16 - JESUS disse que a mulher encurvada era uma “cativa” (prisioneira) de Satanás. Porque motivo não se devia “livrar do cativeiro em um dia de sábado esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?”.
C.            Opressão - AT. 10:38 - Como DEUS ungiu a JESUS de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO e poder, O qual andou por toda a parte, fazendo o bem e curando os oprimidos do Diabo, porque DEUS era com ELE” (ver IS. 61:1, 2). Observamos, até aqui, que a enfermidade é maldição, a qual ninguém deseja; é uma das formas pelas quais Satanás aprisiona as pessoas, é uma opressão maligna! Afinal, quem não quer ver-se livre das enfermidades?!
D.            Espírito Maligno - LC. 13:10a - É mencionado aqui o caso de uma mulher possessa de um espírito de enfermidade havia já dezoito anos; andava ela encurvada, sem poder, de modo algum, endireitar-se. O verso 16 diz que Satanás mantinha presa essa filha de Abraão. Então esse espírito de enfermidade era um espírito maligno. Em MC. 11:14 JESUS estava expelindo um demônio que era mudo. E aconteceu que, ao sair o demônio, o mudo passou a falar. Ver também MT. 4:23,24. Muitas enfermidades estão associadas aos demônios. Em MT. 9:32, 33; 12:22 está escrito sobre um endemoninhado cego e mudo, o qual foi curado por JESUS. Tendo JESUS expulsado o demônio causador desses males (cegueira e mudez), o homem passou a ver e a falar. Há, ainda o caso do jovem que tinha um “espírito” (demônio) mudo e surdo relatado em MC. 9:25-27.
2.             A Origem (Causa) da(s) Enfermidade(s) - Conhecer a causa da enfermidade é necessário para que se possa arrancar o mal pela raiz. Pouco resolve remediar a doença (sintomas) através dos efeitos, para que haja a cura completa, é necessário tratar com a origem, com a causa da enfermidade. Como principais causas de enfermidade, encontramos:
A.            Transgressão da Lei de DEUS - Isto não quer dizer que “todos” os que estão enfermos têm transgredido a Lei de DEUS ou pecaram, ou vivem em pecado; e sim que, devido à transgressão de nosso primeiro pai (Adão), nosso corpo já nasce enfraquecido e, portanto, sujeito às enfermidades. Há enfermidades que são provenientes de algum pecado “não confessado” (SL. 32:3, 4) - “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a Tua mão pesava dia e noite sobre mim; o meu vigor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: Confessarei as minhas transgressões; e Tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado”. No SL. 38:3-10, 18 e IS. 1:5, 6 nós vemos que há enfermidades que a medicina humana (médicos ou psicólogos) não consegue resolver, por se tratar, não de algum distúrbio físico, mas unicamente de um mal espiritual, que só DEUS pode solucionar. Entre elas, pecados não confessados - IS. 57:17,18; OS. 14:1, 2, 4.
B.            Maldição Hereditária - ÊX. 20:5 - DEUS visita a iniqüidade dos pais nos filhos até a quarta geração daqueles que O aborrecem. Pais que aborrecem ao SENHOR, por causa dos seus pecados, dão permissão para que Satanás venha atingir a eles, seus filhos, netos, bisnetos e tataranetos com enfermidades. Enquanto alguém não se converte dos seus maus caminhos, as maldições que o acompanham não são quebradas. Há exemplos de avós que morreram de câncer, tuberculose, lepra, diabete, bronquite ou qualquer outra doença, o seu filho, seu neto também bisnetos e tataranetos poderão morrer da mesma enfermidade. A isso chama-se maldição hereditária - uma enfermidade ou mal que encontra-se no “genes” e que passa de pai para filho... Porém em GL. 3:13 lemos que CRISTO nos resgatou da maldição da lei, maldição esta que é a enfermidade: “pelas Suas pisaduras fomos sarados”.
C.           Abuso ou Desobediência das Leis Naturais -
I).           Carregar excesso de peso, ou fazer algum esforço além da sua capacidade. Por causa disto, a pessoa pode adquirir uma hérnia, se render, obter uma rasgadura, romper algum músculo, vir a sofrer da coluna.
II).        Abuso na Alimentação (comida ou bebida): O abuso na alimentação pode ocasionar problemas tais como:
a)             Obesidade: Causada pelo abuso na alimentação; isto é, a pessoa come além do necessário para o seu organismo, acarretando num aumento de peso além do normal para uma pessoa. A obesidade traz também como conseqüências desastrosas o aumento de gordura nos vasos sangüíneos, o que pode ocasionar morte por enfarte, ataque do coração, quando uma plaqueta de gordura, desprendendo-se da parede do vaso sangüíneo acaba bloqueando o fluxo de sangue em algum vaso menor, e até mesmo no cérebro, ocasionando a congestão ou mesmo o derrame cerebral.
b)             Diabete: Causada pelo excesso de açúcar ou de sal no sangue;
III).     Descuido quanto ao Clima: A negligência no que diz respeito ao trajar-se adequadamente com relação ao clima, pode ocasionar enfermidades tais como gripes, resfriados, bronquite, etc. - Quando uma pessoa não se agasalha como pede a temperatura, ou abusa de algum tipo de alimentação ou bebida gelada. - Enfim, na desobediência às leis naturais, enquadram-se todas as enfermidades advindas de forma natural, em conseqüência da quebra das leis naturais, não tendo, portanto, nenhuma ligação com pecados, nem com maldições hereditárias ou mesmo com atuações demoníacas. Como exemplo, podemos citar o caso verídico de um cristão cheio do ESPÍRITO SANTO, mas que é “corcunda”. Tal enfermidade ocasionou-se pelo fato de que esse cristão, sendo um pescador, descarregava o barco de peixe, ficando dentro da câmara gelada; ao sair dali, ia para a beira da praia aquecer-se em roda de uma fogueira acesa... abusou das leis naturais e, como conseqüência, teve esse problema na coluna, ocasionado pelos constantes choques térmicos provenientes das mudanças de temperatura constantes, do gelado para o quente, e vice-versa.
D.           Problemas Emocionais  (Doenças da Alma) - De acordo com a ciência médica, a maioria das doenças são enfermidades “da alma”, isto é, problemas psicológicos e de ordem emocional. Sendo o homem constituído por corpo, alma e espírito (1 TS. 5:23), é no seu corpo (parte exterior), onde irão se manifestar as enfermidades. O espírito (pneuma), é o princípio da vida racional, moral e espiritual. Quando o homem é regenerado (nascido novamente), seu espírito é vivificado (JO. 3:5, 6), e o ESPÍRITO de DEUS passa a habitar em seu espírito (RM. 8:9; JO. 4:23, 24). Se as enfermidades físicas que lhe afligiam eram conseqüência de pecados não confessados, agora que ele está perdoado, certamente sarará fisicamente (MT. 9:1-7). A alma (psichê) é o princípio vital e inteligente da personalidade; sede dos afetos, apetites, emoções e memória. Muitos cristãos cheios do ESPÍRITO SANTO, sofrem de problemas emocionais e necessitam de uma cura interior.  Assim, precisamos conhecer os males da alma:
I).           Senso de Culpa - SL. 32:1-5 - O pecado não confessado, e o remorso da consciência têm sido a causa de freqüentes enfermidades; enquanto não houver confissão, e não for obtido o perdão para os pecados, não pode haver cura (PV. 28:13). Porém, uma vez confessados os pecados, devemos aceitar o perdão (IS. 43:25; HB. 10:17) e crer na cura divina (OS. 14;1, 2, 4).
II).        Inveja - PV. 14:30 - “...a inveja é a podridão dos ossos...”.
III).     Mágoas - Ressentimentos e raízes de amargura (mágoas) - HB. 12:15 - “...nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe e, por meio dela, muitos sejam contaminados...”. A mágoa prejudica nosso relacionamento com DEUS, pois se não perdoarmos, não seremos perdoados. Também prejudica nosso relacionamento com o próximo, pois nos leva a difamar, odiar, maldizer e contender. Prejudica inclusive a nós mesmos, pois a mágoa é como veneno mortífero, contamina o recipiente que a contém.
IV).      Preocupações, Ansiedade - A excessiva ansiedade causa insônia, nervosismo, pressão alta (hipertensão), desespero e pode até ocasionar ataque cardíaco ou derrame cerebral. Em 1 PE. 5:7 encontramos: “Lançando sobre ELE toda a vossa ansiedade, porque ELE tem cuidado de vós”. Também em FP. 4:6-8 nos mostra a mesma coisa.
V).         Depressão - Excessiva angústia e tristeza, trazem nervosismo, altera a pressão sangüínea, gera dores de cabeça, e até pode ocasionar um derrame cerebral ou parada cardíaca; - EC. 7:7
VI).      Tristeza e Angústia - PV. 17:22 - “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos”.
VII).   Desânimo, Desespero - PV. 18:15 - “o espírito firme sustém o homem na sua doença, mas o espírito abatido, quem pode suportar?”. - Recentemente a ciência médica descobriu que a música alegre, sorriso e cânticos alegres e bom ânimo, fazem bem à saúde. Mas esta é uma verdade bíblica que Salomão, já no seu tempo, sábia. Em PV. 24:10 diz: “se te mostrares frouxo no dia da angústia (enfermidade) a tua força será menor”.
E.            Traumas Passados - ÊX. 15:26 - O SENHOR promete que se guardarmos a Sua Palavra, nenhuma das enfermidades que vieram sobre o Egito virá sobre nós. Muitos dentre o povo viviam atormentados com medo das enfermidades do Egito (DT. 28:60). Os traumas do passado, tais como traição, decepção e fracassos, têm causado em muitos o medo de que tais males venham a se repetir... sentimentos de inutilidade, complexo de inferioridade, tristezas, desilusões, decepções e fracassos, e até inúmeros tipos de enfermidade físicas (IS. 61:3). Porém há uma promessa de DEUS de por sobre os que em Sião estão de luto, uma corda em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; DEUS pode, pelo bálsamo de Gileade, sarar as feridas feitas pelos traumas passados (IS. 61:4), e restaurar o passado, tornando as tristezas passadas em alegres recordações - IS. 61:7 - “em lugar de vossa dupla vergonha, tereis dupla honra, em lugar da afronta, exultareis na vossa herança; por isso na vossa terra possuireis o dobro, e tereis alegria perpétua”. Podemos ver isto no exemplo de Jó; o SENHOR não só lhe restaurou a saúde, como lhe deu bens e filhos maravilhosos. - SL. 147:3 - “Sara os quebrantados de coração, e lhes pensa as feridas”. Ainda que restam recordações, não serão recordações tristes; ainda que fique o sinal, não será a ferida a doer. - SL. 103:3 - “Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades, e sara todas as tuas enfermidades” - Isto todas as doenças, incluindo as feridas da alma (SL. 41:4).

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

SUA IMAGEM É REAL?


Todos levamos uma imagem! Que imagem você transmite?

Por Carlos Alberto Bächtold 


Observemos esta figura... Um gatinho, olhando no espelho, vê um leão! Claro que é uma montagem, mas essa figura ilustra como muitos de nós nos enganamos com a imagem que fazemos de nós mesmos. Cabe aqui pararmos um pouco e refletirmos sobre que imagem temos passado para as pessoas que nos cercam, e o que somos realmente!
Muitos de nós vivemos a sorrir, a espalhar graça e fazer piadas com as mais inusitadas situações, entretanto, quando nos encontramos a sós, nos perdemos em lamúrias e autocomiseração.
Quem realmente somos? Quem as pessoas pensam que somos? E porque pensam o que pensam?
Ora, infalivelmente nossos pensamentos se baseiam no que vemos ou sentimos, não é assim? Não é assim que nós mesmos julgamos as coisas? Nós nos  orientamos por nossos sentidos, entretanto eles podem falhar! Isto porque nossos olhos vêm só a expressão fisionômica das pessoas, não o que elas realmente sentem! Um bom ator pode chorar como se sentisse a pior dor, porém é apenas representação. Aqui entra um princípio que deveria reger nossas ações: "Somos sinceros?"
Ora, a sinceridade nada mais é do que falarmos e expressarmos o que realmente sentimos, o que realmente somos, em lugar de buscarmos expressar o que as pessoas gostariam que expressássemos.
Volta então a questão? Que imagem você leva às pessoas? É algo real ou falso? É verdade ou mentira? Que tipo de pessoa você é? Você realmente é sincero(a)?
Sejamos todos sinceros, e teremos um mundo mais verdadeiro!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Artigo de Sexta-feira, 16/09/11


Espírito, Alma e Corpo

carlosbachtold@hotmail.com

Este estudo é importante para compreendermos como o ser humano é formado e conhecermos sua estrutura.
I TS. 5:23
"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. "
O ser humano é tripartido. Todo homem é constituído por espírito e alma e corpo. O corpo é diferente da alma e a alma é diferente do espírito. (que também é diferente do Espírito Santo)
 O homem é uma alma que tem um espírito e habita num corpo.
  • Espírito humano: Ponto de contato com Deus. É através do meu espírito que tenho consciência de Deus e me relaciono com Ele. Deus é Espírito e só podemos perceber Deus no espírito. (Ef. 2:22; JO. 4:24)
  • Alma: É tudo que o homem é. Sua personalidade. Seu ego. É o mundo dos pensamentos, sentimentos e decisões. A alma está entre o espírito e o corpo. Pertence aos dois. Está ligada ao mundo espiritual através do espírito e ao mundo material através do corpo. Através da alma tenho consciência de mim mesmo. 
    • Áreas da alma
      • Mente: Sede da alma, intelecto, pensamentos, raciocínios, memória.
      • Vontade: Instrumento para tomar decisões. Poder para escolher.
      • Emoções: Instrumento para expressar nossos sentimentos, gostos, simpatias, alegrias, tristezas, amor, ódio, etc.
(A alma do homem é singular)
  • Corpo: Minha forma visível. Com ele me relaciono com o mundo exterior. (ex.: Os cinco sentidos, fala, audição, visão, olfato, tato.).


Homem comparado ao Tabernáculo de Deus
I CO. 3:16
"Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?"
Criação e queda do homem
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. O criou para ter comunhão com ele. Adão antes da queda era um homem perfeito e usava todo seu potencial da alma, mas era governado pelo espírito.
Homem criado a semelhança de Deus. Tinha comunhão com Deus em espírito que governava sua alma, que por sua vez governava o corpo.
O homem era um ser governado pelo espírito
Após a queda o espírito do homem morreu para Deus e o homem perdeu a comunhão com Ele.
O homem passou a ser governado pela sua alma.
A Salvação
Salvação => Cura Completa (3 fases)
1) Justificação do espírito
  • Livra-me da culpa do pecado. É o inicio da caminhada.
Quando o homem caiu (escolheu fazer a própria vontade ao invés da vontade de Deus), ele morreu espiritualmente. O homem ficou então incapaz de ter comunhão com Deus por causa da culpa do pecado. GN. 3:7-10
  • O problema da culpa só tem duas soluções: É paga ou perdoada.
O homem por si só não pode justificar-se diante de Deus e remir sua culpa.
Deus é perfeitamente santo, puro, justo e qualquer erro, por menor que seja, qualquer pensamento impuro, qualquer deslize, para ele é uma ofensa terrível.
Mas pela sua misericórdia e amor Ele enviou Jesus, que foi perfeito, puro, justo, santo, não cometeu nenhum pecado e por isso foi oferecido como sacrifício pelos nossos pecados, nos perdoando e livrando de toda culpa. Podemos agora Ter comunhão com Deus livremente.
Aqui começa o drama do homem, ou ele aceita o perdão de Deus através de Jesus Cristo, ou ele vai tentar achar alguma forma de remir esse sentimento.
(religiosidade, obras, autopunição).
  • Religião => forma de o homem tentar aplacar a ira de Deus.
  • Recebemos o perdão pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo. Mas muitas pessoas não aceitam ser salvas sem que tenham que fazer algo. A graça de Deus é uma afronta ao seu orgulho do homem.
O novo nascimento, a obra de Jesus por nós, vivifica o nosso espírito e podemos novamente ter comunhão com Deus. EF. 2:1; JO. 1:12-13
2) Santificação da alma
  • Cura das lembranças e emoções, vontade ajustada com a vontade de Deus. Imprime em nós o caráter de Cristo (caminhar por fé e não por sentimentos).
Deus cura nosso espírito nos dá tudo que precisamos para ter uma vida santa e reta em perfeita comunhão com Ele (um novo espírito, uma nova vida). II PE. 1:3
Em que nós enroscamos então?
Nas enfermidades da alma causadas pelo pecado (independência de Deus) em nossa mente, vontade e emoções.
Nossa alma (mente, vontade e emoções) foi afetada pelo pecado e também precisa de cura.
Quando nos convertemos Deus, através de sua Palavra, começa uma limpeza em nosso interior, em nossa alma.
LC. 21:19 - Ganhareis vossas almas
I PE. 1:9 - Objetivo: Salvação da alma (cura)
I PE. 1:22 - Purificação da alma (mente, vontade e emoções)
  • O Espírito é vivificado para que a partir daí comece a santificação da alma.
FP. 1:6 - Aquele que começou a boa obra...
Qual é esta obra?
A Santificação da alma (cura da alma)
Consiste no operar diário da cruz de Cristo em nossas vidas.
  • Cruz: quando a vontade de Deus entra em choque com a minha vontade e eu escolho fazer a vontade de Deus.
MT. 11:28-29
"Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas."
 3) Glorificação do corpo
O objetivo final na ressurreição ou arrebatamento, quando receberemos um novo corpo, semelhante ao de Cristo depois de ressurreto. I CO. 15:51-52



quarta-feira, 20 de julho de 2011

BÍBLIA ON LINE - Alimente-se com a Palavra de DEUS.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

SEJA UMA PESSOA DE SUCESSO


Você quer ser uma pessoa de Sucesso?
Por Carlos Alberto Bächtold – carlosbachtold@hotmail.com

Você está pronto(a) para atingir o sucesso de sua vida? Realmente?  Mas, o que pensa você ser o sucesso? Claro que a definição de sucesso vai depender muito do ponto de vista de cada pessoa, não é mesmo? O termo pode ser considerado muito relativo. Tem a ver com as metas que cada pessoa determina para sua vida.
Todos nós estabelecemos metas, nos propomos a atingir certos “alvos” em nossas vidas. Seja na vida profissional, sentimental ou até mesmo financeira, todos querem atingir o sucesso.
É estranho saber de pessoas que, no auge de sua fama e fortuna, acabam por tirar sua própria vida, não é mesmo? Portanto, podemos concluir que o sucesso não está na fama ou fortuna! Pois essas coisas não trazem a plena realização pessoal de quem quer que seja.
Você pode estar rodeado de riqueza, de bens, com saúde, com a pessoa que ama, no auge do que o mundo considera sucesso, e ainda assim sentir-se infeliz... Sabe por quê? JESUS afirmou:
"E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui."  (Lucas 12:15)
Sabe o que isto significa? Que há algo mais!!!
Saiba amigo(a), que o ser humano jamais se sentirá completamente feliz e realizado enquanto não cumprir o único propósito para o qual foi criado por DEUS...
Você foi formado(a) no ventre de sua mãe com um propósito! DEUS planejou sua vida, planejou cada detalhe de seu corpo, a cor de seus cabelos, de seus olhos, sua altura... Enfim, cada detalhe de seu ser foi ordenado por DEUS para um propósito maravilhoso; propósito este que você talvez desconheça. Talvez você esteja estudando, buscando uma boa formação e qualificação profissional... Ou, quem sabe, economizando, lutando para ter sua independência financeira, conquistar sua casa, seu carro, e ter um futuro confortável. Mas saiba amigo(a): Nada disso te trará real felicidade. Ainda que alcance todas as suas metas, isso não significa que alcançou o sucesso.
Você é um ser espiritual! Foi feito(a) à imagem e semelhança do Criador, e somente quando ELE preencher todo o seu ser é que você se sentirá realizado(a) e terá alcançado o sucesso. Sim, porque só então estará cumprindo o propósito para o qual foi criado(a) por DEUS.
Imagine uma luva com vida... Ela nunca estará feliz enquanto não for preenchida com uma mão, pois para isso foi criada, para vestir uma mão, para conter uma mão dentro de si. Você não é diferente, amigo(a)!
Você foi feito(a) para ser um recipiente no qual DEUS possa habitar e transitar neste mundo, comunicando vida às pessoas à sua volta. Cuidando do mundo que ELE criou!
Você é composto(a) de espírito, e alma, e corpo. Não adianta satisfazer seu corpo com boa comida e bebida, satisfazer sua alma com boa música, diversão e cultura... Se não cuidar também de seu espírito, terá vivido uma vida vazia, e entrará na eternidade como um refugo. É duro, mas é a realidade. JESUS afirmou que se não estivermos ligados nELE, seremos cortados e lançados no fogo. Que terrível é isto! Não estamos falando aqui de uma vida religiosa, de ouvir a respeito do CRISTO. Não! Estamos falando aqui de uma vida ligada em CRISTO, recebendo a seiva, a vida que vem dELE.
Portanto, pare! Pense! O que tem buscado na vida até aqui? Tem buscado estar realmente ligado(a) nELE? Volte-se agora para ELE. Invoca-O! Chama por ELE! Renda-se a ELE!
E, se de algum modo, eu puder ajudar você nessa busca por uma realidade com o CRISTO VIVO, me procure...

sábado, 21 de maio de 2011

A VOLTA DO SENHOR JESUS x A GRANDE TRIBULAÇÃO



 A Bíblia afirma que a Igreja (os santos, os salvos) só serão arrebatados após a grande tribulação. Assim como Daniel, que não foi livre “da cova dos leões”, porém foi salvo “estando dentro da cova”. E também semelhantemente aos três amigos de Daniel, Ananias, Mizael e Azarias, que “não foram livres da fornalha de fogo”, porém “experimentaram o livramento dentro da fornalha de fogo”. A igreja não será tirada antes da Grande Tribulação, porém será guardada “estando em seus dias”.

    Para que você analise e reflita...

    1. Jesus, em seu sermão profético, relaciona somente sua vinda após a tribulação, não mencionando em nenhum momento um arrebatamento oculto anterior ao momento da vinda em glória e sim um arrebatamento que faz parte de sua gloriosa vinda, logo após a grande tribulação (Mateus 24:29-31, Marcos 13:24-27 e Lucas 21:25-27)

    2. A Bíblia não nos revela em nenhum lugar que a volta de Jesus será dividida em duas etapas: uma oculta, anterior à tribulação, e outra visível, após a tribulação. Pelo contrário, a Palavra determina apenas duas vindas: uma já concretizada há aproximadamente 2.000 anos e a outra ainda porvir (Hebreus 9:27-28)

    3. Paulo nos revela que o arrebatamento ocorrerá ante a última trombeta. Jesus revelou que, por ocasião de sua vinda em glória, logo após a grande tribulação, haverá toque de trombeta. Portanto, nesse momento será tocada a última trombeta (I Coríntios 15:52, Mateus 24:31)

    4. A promessa feita aos discípulos pouco após a ascensão de Cristo, aponta para seu regresso visível como Rei, pousando seus pés sobre o Monte da Oliveiras para derrotar o anticristo. Os discípulos, por ocasião da ascenção, estavam no Monte das Oliveiras e viram o acontecimento. Os anjos lhes revelaram que da mesma forma que Jesus tinha subido, Ele voltaria. Ou seja, de forma visível e pousando seus pés sobre o Monte das Oliveiras (Atos 1:11-12, Zacarias 14:3-4)

    5. A Igreja primitiva não tinha qualquer idéia "pré-tribulacionista". Os cristãos primitivos esperavam a volta de Jesus já em seus dias, para livrá-los da perseguição e tribulação em que viviam, e não para evitar que eles entrassem num processo tribulacional. A idéia pré-tribulacionista surgiu no século XIX, atrelada ao dispensacionalismo (II Tessalonicenses 1:7-8)

    6. Paulo descarta toda idéia de iminência anterior à concretização dos sinais profetizados por Jesus. Ele ensinou aos tessalonicenses que a vinda de Jesus e a nossa reunião com Ele, não ocorreria antes da apostasia generalizada e da manifestação do anticristo, mantendo a mesma ordem profetizada por Jesus no sermão profético (II Tessalonicenses 2:1-3, Mateus 24:10-15)

    7. A volta de Jesus será como "um ladrão de noite" para aqueles que não a esperam e/ou não estão vigiando e atentos aos sinais (I Tessalonicenses 5:4, Apocalipse 3:3)

    8. A volta de Cristo está relacionada na Bíblia ao DIA DO SENHOR, que será um dia literal e não um período de sete anos. Jesus mencionou a profecia de Joel 2:10 para especificar os sinais que antecederiam imediatamente sua vinda gloriosa, relacionando a mesma ao DIA DO SENHOR através dos mesmos sinais: o sol e a lua escurecendo. Joel nos revela que esses mesmos sinais antecederão o DIA DO SENHOR, relacionando esse dia ao dia da volta de Jesus e não ao período tribulacional de sete anos (Mateus 24:29, Joel 2:10, Isaias 13:10, Ezequiel 32:7-10)

    9. É nítida na Bíblia a presença de servos de Deus em meio à tribulação dos últimos tempos. Não se trata de "ex-desviados", pois os cristãos da grande tribulação guardam os mandamentos de Deus e mantêm o testemunho de Jesus, algo impossível sem a atuação do Espírito Santo. Muitos desses servos de Deus, a exemplo dos cristãos primitivos, serão martirizados e odiados "por todas as nações" (Apocalipse 12:17, Apocalipse 6:9-11, Apocalipse 14:8-13, Mateus 24:9-12, Marcos 13:20, João 17:15, Daniel 7:25-27)

    10. Desses cristãos, alguns serão protegidos de forma sobrenatural durante a tribulação, a exemplo do que ocorreu com o povo de Israel no Egito durante as pragas (Apocalipse 3:10, Apocalipse 12:14-16, Daniel 11:33-34, Mateus 24:22)

    11. O chamado para “vigiar” (o termo vigiar vem de vigília = noite) e se manter atento aos sinais e à santidade, se prolonga até o final da tribulação (Apocalipse 16:15)

    12. Jesus, em sua primeira abordagem direta sobre sua volta, relaciona diretamente o momento do arrebatamento à sua vinda gloriosa e à derrota dos exércitos do anticristo no Armagedom. Isso fica patente ao comparar Lucas 17:28-37 com Apocalipse 19:11-21 (Presença de destruição, cadáveres e aves de rapina)

    13. O objetivo da tribulação não é o extermínio da raça humana nem a destruição total do planeta. Jesus compara sua vinda aos dias de Noé no que concerne ao descaso das pessoas diante das profecias e à malignidade das duas épocas em questão. Porém, os acontecimentos são diferentes: No dilúvio, o propósito era destruir todo ser vivo, exceto Noé, família e os animais na arca. Na volta de Jesus, a destruição virá sobre o sistema maligno no qual o mundo jaz e sobre aqueles que se prostram diante de tal sistema (I João 5:19, I Coríntios 15:23-25, Gênesis 6:7, Gênesis 8:21-22)

    14. Após a grande tribulação haverá sobreviventes, inclusive das nações que marcharão contra Jerusalem no Armagedom (Zacarias 14:16)

    15. Não existe base bíblica para separar a igreja da Israel espiritual. Apesar de existirem castigos e promessas específicas para a nação israelense, não se justifica presumir por isso um arrebatamento pré-tribulacional. Nós somos o Israel de Deus, filhos de Abraão, segundo a promessa (Efésios 2:14, Gálatas 3:29, Romanos 11:24:32)

    16. Não existe legitimação para “dividir” a atuação de Deus em dispensações separadas e excludentes. O que vemos na Bíblia é uma revelação progressiva do plano de Deus para a humanidade. Deus trata com todos ao mesmo tempo. Um exemplo disso é que Deus continua atuando profeticamente com Israel em plena “era dos gentios”

    17. Não existe base bíblica alguma para sustentar a volta de Jesus “a qualquer momento”. O próprio Cristo se deteve para revelar todos os grandes sinais que antecederiam sua volta. Após o cumprimento de todos os sinais profetizados pelo Mestre é que sua volta será “a qualquer momento”. Paulo também nos revela dois grandes sinais (Mateus 24:33, II Tessalonicenses 2:1-3). Não se pode usar as epístolas paulinas para sustentar a volta de Jesus “a qualquer momento”, pois elas foram escritas para diversas igrejas até 66 d.C., ano em que Paulo morreu decapitado em Roma. Naquele ano não havia se cumprido sequer o primeiro grande sinal profetizado por Jesus: a destruição de Jerusalém, que só ocorreu em 70 d.C. Paulo e nenhum dos apóstolos ensinaram um arrebatamento “sem sinais prévios”

    18. A salvação nos livra da ira de Deus. Quando falamos em “ira” relacionada à salvação espiritual, não é correto associar essa “ira” a um processo tribulacional, onde os danos sofridos pelos servos de Deus são físicos. O próprio autor do versículo em questão morreu decapitado dentro de um processo de perseguição e tribulação. A salvação que temos é espiritual e eterna, a qual nos torna isentos da ira eterna de Deus, porém não isentos de passar por tribulações (I Tessalonicenses 1:10, I Tessalonicenses 4:9)

    19. Todos os termos neo-testamentários usados para referir-se à vinda de Jesus, nos dão a idéia de um evento visível, notável e não oculto: ephiphaneia (aparecimento), apokalipsys (revelação) e parousia (vinda-manifestação)

    20. A primeira ressurreição ocorrerá por ocasião da vinda de Cristo em glória, no final da tribulação. Essa “primeira” ressurreição exclui uma ressurreição em massa anterior a esse momento (Apocalipse 20:4-6)

    21. Toda a revelação escatológica de Jesus, dos apóstolos e até do Apocalipse, é direcionada à Igreja. Que objetivo haveria em revelar-nos esses pormenores e instruir-nos a estarmos atentos aos sinais, se a Igreja não estivesse inserida nesses acontecimentos?

    22. As “bodas do Cordeiro” ocorrerão após a vinda do reino de Deus. O anúncio dessas bodas é feito no final da tribulação (Apocalipse 19:7, Lucas 22:18 – Lucas 21:31)

    23. Jesus nos insta a estarmos atentos aos sinais e a não sermos enganados em meio à tribulação pelos sinais malignos dos “anticristos” e “falsos profetas” (Marcos 24:4, Mateus 24:24, Lucas 12:54-59)

    24. Jesus disse que “quem perseverar até o fim será salvo”. O “fim” de sua narrativa profética no sermão do Monte das Oliveiras é sua vinda em glória, logo após a tribulação (Mateus 24:13, Mateus 24:6)

    25. Jesus predisse que os seus servos seriam odiados “por todas as nações” e que o evangelho seria pregado em testemunho “a todas as nações”. Esses eventos ainda não aconteceram em sua plenitude e devem ocorrer durante a tribulação com a perseguição institucionalizada contra a Igreja e a diáspora decorrente dessa perseguição, produzindo um avivamento nunca antes visto e possibilitando a pregação a “todas as nações”.

    26. Se o pré-tribulacionismo estiver certo, nós, pós-tribulacionistas, estamos preparados pela fé e através do novo nascimento para o arrebatamento anterior à tribulação. Se a posição pós-tribulacionista estiver certa, estaria a Igreja preparada em todos os aspectos para enfrentar esses momentos de sofrimento físico e social extremos? Estão todos sendo ministrados para enfrentarem essa possibilidade? Estão todos sendo ensinados a vigiarem em virtude do engano generalizado que se aproxima?

    Diante dessa realidade, a Igreja de CRISTO procura trazer a público o debate e o estudo bíblico aprofundado, no que se refere à questão escatológica. Buscamos a conscientização dos servos de Deus a respeito dos eventos que já estão profetizados e a correta postura que todos devemos ter diante da realidade em que vivemos, que já prenuncia a concretização dessas profecias.

    A seguir, daremos nossas principais bases de atuação ministerial:

    1. Nosso propósito não é impor uma idéia ou dogma, como os pré-tribulacionistas têm feito durante décadas, e sim expor uma interpretação sincera das profecias escatológicas e estimular os servos de Deus a estudarem com mais profundidade esses assuntos. Temos observado que a grande maioria dos cristãos, no tocante aos assuntos escatológicos, não tem feito aquilo que os bereanos fizeram, ao ouvir a palavra ministrada por Paulo. Muitos têm aceitado a hipótese pré-tribulacionista como verdade absoluta, por falta de interesse em estudar as profecias escatológicas, outros por falta de entendimento, ao julgar esses assuntos muito complicados, o que na realidade não é verdade.

    A maioria das denominações protestantes têm adotado o pré-tribulacionismo como base doutrinária para entender os últimos acontecimentos. Isso se deve ao fato da maior parte dessas denominações ter surgido a partir de começos do século dezenove, época em que começou a ser divulgado o pré-tribulacionismo por parte dos irmãos de Plymouth - EEUU (1830). Esse tipo de interpretação influenciou todas as igrejas do período, das quais as atuais são herdeiras, sejam elas tradicionais ou pentecostais. Anterior a esse período (sec. XIX), não havia distinção entre arrebatamento e segunda vinda em glória. O maior exemplo dessa posição é a Igreja primitiva. Ao ler as cartas de Paulo, Pedro e João fica explícito que eles, como toda a Igreja primitiva, esperavam a volta do Senhor já em seus dias, vivendo em pleno processo tribulacional. Essa vinda não seria para "evitar" que a Igreja entrasse num processo de tribulação e sim para tirá-los da tribulação em que a Igreja vivia.

    Eles relacionavam essa tribulação e a perseguição desencadeada pelo Império Romano à grande tribulação profetizada por Jesus e o imperador perseguidor ao anticristo. A Igreja primitiva não esperava um arrebatamento anterior à tribulação (até pelo fato de viverem em constante perseguição e tribulação). Eles esperavam a vinda poderosa de Cristo, para arrebatá-los, derrotar o anticristo (para eles o imperador romano) e instaurar o reino milenar. Diante disso, podemos assegurar que a igreja primitiva não era pré-tribulacionista!

    2. A revelação escatológica neo-testamentária, principalmente o Apocalipse, é dirigida à Igreja. É claro que o povo judeu terá uma participação decisiva nos últimos acontecimentos, porém a presença da Igreja nesse contexto, inclusive o tribulacional, é inegável à luz da palavra. Por exemplo: em Mateus 24:22 Jesus disse que se os dias da grande tribulação não fossem abreviados, ninguém se salvaria (no aspecto físico, para permitir a existência de sobreviventes e o cumprimento da promessa de transformação dos que estiverem vivos e não a nível espiritual, pois a nossa salvação independe dos danos físicos causados num processo tribulacional). Eles serão abreviados por causa dos escolhidos. Os pré-tribulacionistas tendem a relacionar esses escolhidos ao povo judeu. No entanto, oito versículos depois, Jesus continua a narrativa dizendo que os escolhidos serão ajuntados desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus (Mateus 24:30-31). Essa é uma descrição do arrebatamento, que, de acordo com próprio Jesus, acontecerá ao mesmo tempo da sua segunda vinda em glória. Note que os escolhidos serão ajuntados (arrebatados). Portanto quando Jesus menciona no versículo 22 a palavra escolhidos, não está referindo-se a Israel e sim à Igreja, pois esses mesmos escolhidos são arrebatados no versículo 31, sendo o arrebatamento uma promessa específica para a Igreja e não para Israel.

    Em Daniel e também no Apocalipse, fica claro que o anticristo fará guerra contra os santos e matará a muitos, principalmente após a instauração a nível mundial da marca da besta (sistema de controle político-financeiro). Outra vez, não devemos confundir esse ataque aos santos, com o povo de Israel, pois Israel só será atacado pelo anticristo no final da tribulação, quando reunir os exércitos da terra contra a terra santa no Armagedom. Inclusive, a Bíblia afirma em Apocalipse 20:4-6 que os cristãos martirizados (assassinados pelo anticristo) por não aceitarem a nova ordem mundial (a marca da besta), ressuscitarão na primeira ressurreição, excluindo categoricamente uma ressurreição em massa antes da tribulação, como é defendida pelos pré-tribulacionistas.

    3. Não existe nenhuma passagem bíblica que determine claramente a segunda vinda de Jesus dividida em duas etapas: uma oculta, para arrebatar a Igreja, e a outra no final da tribulação, para derrotar o anticristo e instaurar o reino milenar. O pré-tribulacionismo chega a essas conclusões por meio de uma série de deduções indiretas e suposições. Uma análise direta e desprovida de todo tipo de preconceito vai deixar claro, para qualquer pessoa interessada na verdade escatológica, que o arrebatamento da Igreja acontecerá ao mesmo tempo da volta de Jesus com poder e grande glória.

    4. O amor de Cristo pela Igreja não a torna isenta de viver tribulações. Se assim fosse, então nossos irmãos primitivos, que foram perseguidos, torturados e martirizados, entre os quais líderes do porte de Pedro, Paulo, João, Tiago, Estevão, Policarpo e tantos outros não estariam debaixo do amor de Cristo! O próprio Mestre disse: “o servo não é maior que o seu senhor”. Se Jesus foi perseguido pelo sistema político e religioso da época, por que nós estaríamos isentos? A Igreja atual está mais preocupada em não passar pela tribulação para manter a sua integridade física e social ou em anunciar o evangelho e não negar o nome de Jesus, mesmo que isso signifique dano físico ou morte em meio à mais ferrenha perseguição e tribulação?

    5. Cremos que a visão pós-tribulacionista deve ser levada em consideração e aplicada ao processo de fortalecimento espiritual do cristão nesses últimos dias. Pelo simples fato de preparar-se diariamente, tanto no aspecto psicológico quanto espiritual, para viver um período de perseguição e tribulação nunca visto anteriormente, o pós-tribulacionista está preparado como um guerreiro para o que der e vier. Está preparado até mesmo para ser arrebatado antes da tribulação, se a hipótese pré-tribulacionista estiver certa. O contrário, porém, não pode ser verificado entre os pré-tribulacionistas. Quantos cristãos nos dias atuais estão preparados para morrer pelo evangelho? Quantos cristãos estão preparados espiritualmente para serem perseguidos de forma implacável pelo sistema político e religioso?

    REFLEXÃO

    Os líderes estão ministrando às igrejas essa preparação espiritual de guerra ou estão estimulando os liderados a viverem de acordo com estereótipos de sucesso seculares, esperando que as coisas “melhorem” através de soluções humanas? Os cristãos modernos estão buscando a implantação do reino de Deus ou estão indo atrás das coisas que o próprio Jesus disse seriam acrescentadas automaticamente a quem buscasse primeiro o reino? Nisso radica o verdadeiro perigo. Acreditamos que muitos só acordarão para a realidade tribulacional quando for muito tarde (pelo simples fato de não ter acontecido o arrebatamento anterior a tribulação, como é esperado pela maioria). Para essas pessoas, devido à falta de preparação e ao seu grau de comprometimento com a vida secular e os seus padrões de sucesso, será extremamente difícil optar pela exclusão e perseguição. Em vez disso escolherão o bem-estar social proposto pela besta através da marca. Alguns estão tão envolvidos com o processo político e social, que simplesmente não perceberão o surgimento do anticristo e a aplicação de seu plano a nível mundial.

    Aqui vale ressaltar que o anticristo, um enganador, não surgirá como um vilão e sim como um herói e líder carismático, levando-o a ser apoiado em seus planos aparentemente infalíveis, pacificadores e humanitários, até mesmo por lideranças que se dizem “cristãs”, pois o mesmo terá um enorme poder de convencimento e sedução. Outros, apesar de terem acreditado na posição pré-tribulacionista, entenderão já estar vivendo a realidade tribulacional, e terão reservas espirituais (azeite) para enfrentar esses momentos difíceis, o que se encaixa perfeitamente na parábola das dez virgens, onde todas cochilam e dormem, por causa da demora do noivo, e em determinado momento “despertam para a realidade”. Somente a metade tinha combustível necessário para que as suas lâmpadas brilhassem em meio à escuridão (tribulação). A perseguição sobre a Igreja será implacável, e devido a isso muitos desfalecerão ou até mesmo renunciarão ao nome de Cristo, só para manterem sua integridade física e social. Será um momento de prova final, onde saberemos quem verdadeiramente tem compromisso com Deus e quem está na Igreja hoje interessado somente no que Deus pode dar em troca. Jesus deixou uma pergunta emblemática antes de partir:
  
  Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?