Para desempenhar seu papel, Deus deixou três mandamentos ao homem:
Amar a esposa é perder para ela ganhar, morrer para que ela viva. É sacrificar-se a si mesmo e buscar o bemestar dela.
Amar a esposa, como Cristo amou a Igreja
Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela. Ef 5.25.
O Senhor estabelece o mais alto padrão de amor para o marido amar a sua esposa: “como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”. Nada poderia ser mais elevado. É o mais alto nível de amor, entrega e renúncia. Significa perder, para a esposa ganhar, ser envergonhado, para que ela seja honrada, morrer para que ela viva. A palavra grega “amor”, que aparece em Efésios 5, é “ágape”. Refere-se ao amor de Deus. É um amor puro, sacrificial, perfeito e permanente. Esse tipo de amor está descrito em 1Co 13. Amar é ser paciente e bondoso. É não buscar seus próprios interesses. É não ser inconveniente. Amar é ser perdoador e ter domínio próprio (1Co 13.4-8). Amar é também servir, proteger, instruir, santificar. É o amor que não depende do sentimento. Esse amor envolve sacrifício em favor da esposa “(…) a si mesmo se entregou por ela”. É o negar a si mesmo, abrir mão da tranquilidade, da comodidade e do prazer, em favor da pessoa amada. Isso é amar. Foi isso que Cristo fez pela igreja.
O contrário disso é o egoísmo. O marido egoísta busca sua própria comodidade, usa a autoridade para seu próprio bem e sempre espera ser servido. Sua atitude é de “senhor”, não de “servo”. Nunca renuncia à comodidade para ajudar a mulher. Esse marido está longe da vontade de Deus. Deus quer que o marido negue a si mesmo, pareça com Jesus e aja como Ele. Deve sacrificar-se a si mesmo pela esposa, buscar a felicidade e bem-estar dela, tanto no físico como no emocional e no espiritual. O marido deve dizer como Jesus: “eu não vim para ser servido, mas para servir”.
• Romance e afeto (Ct 7.10-13)
O “amor sentimento” também deve estar presente no casamento (Ct 7.10-13). Tudo que dissemos anteriormente estabelece bases sólidas para que esse amor se desenvolva e cresça. O romance não é apenas para a lua de mel, mas para toda a vida. Os discípulos do Senhor devem ser os maridos mais “enamorados” por suas esposas. O amor dos mundanos se perverteu em egoísmo. Entretanto, o “amor sentimento” de um marido cristão nasce do verdadeiro amor de Deus que vive nele. Por isso, os discípulos de Jesus devem ser os melhores maridos, os mais românticos de todos.
O discípulo deve ser um marido romântico.
Cultive em seu coração esse amor. Enamore-se de sua esposa, valorizando, apreciando e elogiando-a. Seja expressivo com ela. Demonstre seus sentimentos, mandando-lhe flores,chocolates e cartões. Assim fará sua esposa feliz e a você mesmotambém! E Deus participará dessa alegria.O homem que trata a sua esposa com amor faz um bem a simesmo e fortalece a unidade do casamento. Aquele que tratamal a sua esposa destrói a si mesmo.
Não tratar a esposa com amargura
Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura (asperamente). Cl 3.19.
Esse parece ser um erro comum dos maridos no exercício de sua função. Muitas vezes, quando se iram, os maridos tratam a esposa asperamente. Outros são ásperos o tempo todo. Não tratar com amargura significa tratar sempre com amabilidade, doçura e bondade e nunca com rudeza e grosseria. Essa ternura para com a esposa deve ser prática nas palavras dirigidas a ela nas diversas situações que envolvam o trato cotidiano.
a. Amabilidade e carinho
A mulher foi feita com características emocionais diferentes do homem. Isso não é uma debilidade, mas uma característica dada por Deus para, por exemplo, desempenhar sua nobre função de mãe, a fim de criar os filhos com ternura e delicadeza. O marido deve entender, não desprezar sua sensibilidade e não a tratar como se fosse um homem. Há maridos que são amáveis com os outros e descuidados e duros com sua esposa. Isso é hipocrisia, incoerência e falta de inteligência. A esposa tratada asperamente acaba se embrutecendo. Deus quer que o marido a trate com ternura, respeito, suavidade, paciência, carinho, doçura, delicadeza, bondade e amor.
b. Firmeza e ternura
Ser amável não quer dizer ser frouxo. O homem terá que ser firme ao corrigir erros ou tomar decisões. Muitas vezes, o tratamento áspero é por falta da firmeza correta. O marido deve ser firme e terno: firme nas decisões e terno no tratamento. Quando não acontece, frequentemente ele se torna frouxo e grosso: frouxo na decisão e grosso no tratamento.
O marido deve ser firme e terno: firme nas decisões e terno no tratamento.
Quando o marido perceber que tratou mal a sua esposa, deve consertar imediatamente, confessando seu erro com humildade e arrependimento.
c. Compreensão
O marido deve também conhecer e compreender a sua mulher. É necessário escutar com atenção o que ela diz. Saber escutar é uma das qualidades mais valiosas que se pode ter. Quando o marido entende o que a mulher pensa e sente quais são as suas cargas, pode animá-la, conduzi-la e protegê-la com sabedoria. Um abraço e uma palavra amável e terna mostram à mulher que ela tem ao seu lado alguém que a compreende e a ama. Uma mulher que se sente compreendida e atendida pelo marido, dificilmente será rebelde e opositora. Alguns homens têm dificuldade de serem afetuosos porque não têm esse costume. É necessário romper com as barreiras e ver que essa é a vontade de Deus para o relacionamento com a sua mulher.
Tratar a esposa com dignidade, como parte mais frágil, significa honrá-la, cuidála, protegê-la e não sobrecarregá-la.
Tratar a esposa com dignidade (honra)
Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações. 1Pe 3.7.
Dignidade é igual a respeito e honra. Não é só a esposa que deve respeitar ao marido. Ambos são, igualmente, filhos de Deus. O versículo acima diz que, se o marido não trata a esposa com dignidade, suas orações são interrompidas. Tratar com dignidade, como parte mais frágil, significa honrar a esposa, cuidá-la, protegê-la e não sobrecarregá-la. O homem deve ter cuidado e proteção reais e práticos com sua esposa. Ela precisa sentir-se segura e confiante em seu marido. Quando ele não cumpre o seu papel, ela se vê desprotegida. O desamparo e as preocupações sobrecarregam e agitam a mulher. O homem deve assumir seu papel, atender os assuntos da casa, resolver todos os problemas que lhe competem e não passá-los para sua esposa. A mulher deve poder dizer: “meu marido é o meu pastor, nada me faltará”, como a igreja diz de Cristo: “O Senhor é meu Pastor…”. Tratá-la com dignidade também é admirá-la e tê-la em máxima consideração, como o presente de Deus para ele (Pv 19.14; Ec 9.9). É fazê-la sentir-se especial e única todos os dias. No livro de Ezequiel, Deus se refere à esposa do profeta como “a delícia dos teus olhos” (Ez 24.15-18). A esposa éuma demonstração da bondade de Deus para com o homem.
O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor. Pv 18.22.
Toda autoridade sujeita a Cristo deve agir com firmeza, mas também com amabilidade e humildade.
O homem deve representar a Jesus no lar
O homem é responsável por:
a. Manifestar a vida de Cristo na família
Assim como Cristo é a imagem de Deus, o homem deve ser a imagem de Cristo no lar. Deve andar no Espírito, ser santo, manifestar alegria constante, dar graças por tudo, deixar fluir o amor, a graça e a paz do Senhor.
b. Estabelecer o governo de Cristo
O homem é o cabeça da mulher e Cristo é o cabeça de todo homem. Portanto, o homem deve estabelecer a autoridade de Cristo no lar e não a sua. Se um homem não está sujeito a Cristo, como vai governar sobre sua mulher e filhos? Quando o Senhor delega autoridade ao homem, não lhe dá “carta branca” para fazer o que quer, mas estabelece critérios específicos e concretos. Toda autoridade sujeita a Cristo deve agir com firmeza, mas também com amabilidade e humildade. Sem fazer concessões indevidas, mas com disposição para dialogar e escutar. É importante que saiba discernir a vontade de Deus e que cuide para que ela se cumpra no seu lar.
c. Ministrar a graça salvadora de Cristo
O homem deve exercer o sacerdócio em sua família. Não basta abençoá-los com orações superficiais, deve se interessar por cada um. Dar tempo a cada um, conhecer suas necessidades, lutas e aflições. Dar a cada um dos filhos uma atenção particular. Constantemente ajudar a esposa a ver a dimensão eterna e grandiosa de sua função como esposa e mãe e cuidar para que ela não se desanime em suas tarefas que, às vezes, parecem triviais e insignificantes.
d. Doutrinar e edificar sua família
É importante usar as circunstâncias ocasionais da vida para ensinar, mas isso não é suficiente. O homem é responsável por ensinar toda a verdade de Deus, de forma ordenada e metódica a sua esposa e filhos. São seus primeiros discípulos. Deve determinar horários concretos para sentar com eles e compartilhar a palavra (Culto familiar). Deve haver lugar para a participação de todos e tudo deve ser cheio de oração. O homem deve considerar a esposa como ajudadora para isso. Não deve anulá-la, mas tampouco deve passar para ela toda a responsabilidade pela edificação dos filhos. Devem trabalhar juntos.
Quanta graça e segurança um marido amoroso e sábio traz à sua família.
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