quarta-feira, 19 de abril de 2017

O Papel da Esposa segundo o Propósito de DEUS

"Disse mais o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea." 
GN. 2:18.

"A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derruba."
PV. 14:1.

Resultado de imagem para padrao de esposa segundo a bíbliaDe acordo com a Palavra de DEUS, existem três ordenanças (mandamentos) a serem seguidos pela esposa:




1) Ser submissa ao seu marido, como ao próprio CRISTO

"As mulheres sejam submissas ao seu próprio maridocomo ao SENHOR; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo ELE mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido".
EF. 5:22-24. (Ler também CL. 3:18; 1 PE. 3:1-6)

A submissão relaciona-se com o princípio da autoridade delegada por DEUS e estabelecida em todas as áreas da vida humana. Ao submeter-se ao marido como ao SENHOR JESUS, está reconhecendo nele a autoridade do próprio DEUS. Rebelar-se contra o marido é estar em rebelião contra o próprio DEUS que o estabeleceu como autoridade do lar.
(RM. 13.1-2; 1 CO. 11:3).

Submeter-se ao marido, como ao Senhor, significa reconhecer nele a autoridade de Deus.

Aspectos sobre a submissão:

a. Submissão é o reconhecimento da autoridade estabelecida. Não é penas uma obediência externa, mas uma atitude interior de submissão e respeito.

b. A submissão não anula a mulher; ela proporciona as condições para que a mulher cumpra o seu papel.

c. A submissão não rebaixa a mulher, mas sim a protege. Deus é bom. Ele quer que a mulher esteja coberta e protegida sob a autoridade do marido. Não deseja que a mulher esteja sobrecarregada e nervosa, mas tranquila e feliz.

d. A submissão da mulher não a faz inferior. Jesus, sendo igual ao Pai, se submeteu a Ele em tudo. A mulher não é menor, nem o homem maior. São iguais, mas em funções diferentes, segundo o plano de Deus.

e. A mulher deve ser submissa em tudo (EF. 5:24). O marido é o responsável geral por todas as áreas da vida familiar. A mulher só deve desobedecer ao marido se ele lhe der uma ordem claramente contrária à vontade de Deus, conhecida nas escrituras. Se ele quiser obrigá-la a pecar ou a deixar o Senhor, nesse caso, ela deve obedecer a Deus e não ao marido; ainda que sofra consequências (AT. 4:18-20).

f. As irmãs com maridos incrédulos devem ser submissas a eles. Devem se comportar de tal maneira que, vendo eles o comportamento delas, se convertam (1 PE. 3.1-2).

g. A submissão não implica em que a mulher não fale, não opine e não tenha influência nas decisões da família. 

Submissão não significa que a mulher  (esposa) tenha que concordar e dizer sim para tudo o que o marido fizer. Ela é sua ajudadora, pode, portanto, opinar, concordando ou discordando. Deve, contudo, sempre mostrar uma atitude de submissão ao esposo tendo a disposição de deixar as decisões finais nas mãos do marido, sem qualquer amargura ou rebelião interior se este não seguir a opinião ou conselho dela.


h. Quando uma esposa considera que seu marido (crente) está abusando da autoridade, deve falar-lhe a sós, com respeito e mansidão. Se ele não a escutar, deve falar-lhe novamente, diante de irmãos espirituais e maduros (MT. 18:15-17). Em tais casos, seguindo o conselho da Igreja (irmãos mais maduros), deve sempre obedecer o que o SENHOR ordena em Sua Palavra...

A submissão da mulher não a faz inferior. Jesus, sendo igual ao Pai, submeteu-se a Ele em tudo.

2) Respeitar e dar honra ao seu marido

…e a esposa respeite (reverencie) ao marido. EF. 5:33

Respeitar (honrar ou reverenciar - em certas traduções) é ir além da obediência exterior. É manter constante atitude de sujeição e honra, na presença e na ausência do marido. O respeito é manifesto na forma de falar, tom de voz, modos e gestos. Também na maneira de atender ao marido, de escutá-lo e obedecê-lo. Implica em não depreciá-lo ou desprezá-lo; nem a sós, nem diante dos filhos e muito menos diante de outras pessoas. Jamais se deve falar mal dele para outros. A mulher é responsável por ensinar aos filhos, pelo seu exemplo, a honrar e respeitar ao pai. Não há nada que irrite tanto um homem como o desrespeito da esposa. A arrogância e a grosseria tornam a mulher indigna e vergonhosa, mas a mulher respeitosa é a alegria do marido. Ela o engrandece e o faz ser um homem honrado diante dos demais. 
(PV. 12:3; 31:10-11, 23)

A beleza que o Senhor dá valor na mulher é a interior: um espírito manso e tranquilo.

3) Ter um espírito manso e quieto (tranquilo).

"Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração,unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus".
(1 PE. 3:3-4)

A mulher casada precisa procurar manter-se bela e atraente para o seu esposo. É saudável cuidar do corpo, dos cabelos, vestir-se adequadamente. Mas, deve-se evitar exageros, roupas ou penteados e maquiagem chamativos, joias de ouro e vestidos caros. Também não devem adotar um estilo mundano de vestir. Porém, o Senhor diz que a beleza que Ele dá valor na mulher é a do coração, com um espírito manso e tranquilo. O homem vê da mesma forma: o melhor atrativo que ele pode encontrar na mulher é um espírito manso e tranquilo, doce, amável e alegre. Uma atitude inquieta comunica insegurança e falta de descanso. Mulheres intranquilas tornam-se inconvenientes, exigentes e rixosas (PV. 21:9,19). A falta de um espírito manso e tranquilo demonstra falta de fé e traz perturbação para o lar, ao invés de harmonia e confiança (1PE. 3:5-6). Que atrativo terá para o marido, uma mulher bonita, bem arrumada, porém nervosa, rixosa, briguenta, rancorosa, amargurada, queixosa e resmungona? (PV. 11:22; 31:30) Todavia, quando o marido tem uma mulher amável, seu lar  é um oásis, para onde ele quer voltar logo. Mas, se a mulher é rixosa, ele prefere ficar em qualquer outro lugar (PV. 25:24). E isso não é uma questão do temperamento, mas do caráter. Qualquer mulher, introvertida ou extrovertida, pode ser mansa e tranquila, andando no Espírito a cada dia (Gl 5.22-23).

Quanta benção e paz a mulher sábia traz para seu marido e filhos.

quarta-feira, 29 de março de 2017

O PADRÃO DE DEUS PARA O MARIDO

 

Para desempenhar seu papel, Deus deixou três mandamentos ao homem:

Amar a esposa é perder para ela ganhar, morrer para que ela viva. É sacrificar-se a si mesmo e buscar o bemestar dela.

Amar a esposa, como Cristo amou a Igreja

Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela. Ef 5.25.

O Senhor estabelece o mais alto padrão de amor para o marido amar a sua esposa: “como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”. Nada poderia ser mais elevado. É o mais alto nível de amor, entrega e renúncia. Significa perder, para a esposa ganhar, ser envergonhado, para que ela seja honrada, morrer para que ela viva. A palavra grega “amor”, que aparece em Efésios 5, é “ágape”. Refere-se ao amor de Deus. É um amor puro, sacrificial, perfeito e permanente. Esse tipo de amor está descrito em 1Co 13. Amar é ser paciente e bondoso. É não buscar seus próprios interesses. É não ser inconveniente. Amar é ser perdoador e ter domínio próprio (1Co 13.4-8). Amar é também servir, proteger, instruir, santificar. É o amor que não depende do sentimento. Esse amor envolve sacrifício em favor da esposa “(…) a si mesmo se entregou por ela”. É o negar a si mesmo, abrir mão da tranquilidade, da comodidade e do prazer, em favor da pessoa amada. Isso é amar. Foi isso que Cristo fez pela igreja.

O contrário disso é o egoísmo. O marido egoísta busca sua própria comodidade, usa a autoridade para seu próprio bem e sempre espera ser servido. Sua atitude é de “senhor”, não de “servo”. Nunca renuncia à comodidade para ajudar a mulher. Esse marido está longe da vontade de Deus. Deus quer que o marido negue a si mesmo, pareça com Jesus e aja como Ele. Deve sacrificar-se a si mesmo pela esposa, buscar a felicidade e bem-estar dela, tanto no físico como no emocional e no espiritual. O marido deve dizer como Jesus: “eu não vim para ser servido, mas para servir”.

• Romance e afeto (Ct 7.10-13)

O “amor sentimento” também deve estar presente no casamento (Ct 7.10-13). Tudo que dissemos anteriormente estabelece bases sólidas para que esse amor se desenvolva e cresça. O romance não é apenas para a lua de mel, mas para toda a vida. Os discípulos do Senhor devem ser os maridos mais “enamorados” por suas esposas. O amor dos mundanos se perverteu em egoísmo. Entretanto, o “amor sentimento” de um marido cristão nasce do verdadeiro amor de Deus que vive nele. Por isso, os discípulos de Jesus devem ser os melhores maridos, os mais românticos de todos.

O discípulo deve ser um marido romântico.

Cultive em seu coração esse amor. Enamore-se de sua esposa, valorizando, apreciando e elogiando-a. Seja expressivo com ela. Demonstre seus sentimentos, mandando-lhe flores,chocolates e cartões. Assim fará sua esposa feliz e a você mesmotambém! E Deus participará dessa alegria.O homem que trata a sua esposa com amor faz um bem a simesmo e fortalece a unidade do casamento. Aquele que tratamal a sua esposa destrói a si mesmo.

Não tratar a esposa com amargura

Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura  (asperamente). Cl 3.19.

Esse parece ser um erro comum dos maridos no exercício de sua função. Muitas vezes, quando se iram, os maridos tratam a esposa asperamente. Outros são ásperos o tempo todo. Não tratar com amargura significa tratar sempre com amabilidade, doçura e bondade e nunca com rudeza e grosseria. Essa ternura para com a esposa deve ser prática nas palavras dirigidas a ela nas diversas situações que envolvam o trato cotidiano.

a. Amabilidade e carinho

A mulher foi feita com características emocionais diferentes do homem. Isso não é uma debilidade, mas uma característica dada por Deus para, por exemplo, desempenhar sua nobre função de mãe, a fim de criar os filhos com ternura e delicadeza. O marido deve entender, não desprezar sua sensibilidade e não a tratar como se fosse um homem. Há maridos que são amáveis com os outros e descuidados e duros com sua esposa. Isso é hipocrisia, incoerência e falta de inteligência. A esposa tratada asperamente acaba se embrutecendo. Deus quer que o marido a trate com ternura, respeito, suavidade, paciência, carinho, doçura, delicadeza, bondade e amor.

b. Firmeza e ternura

Ser amável não quer dizer ser frouxo. O homem terá que ser firme ao corrigir erros ou tomar decisões. Muitas vezes, o tratamento áspero é por falta da firmeza correta. O marido deve ser firme e terno: firme nas decisões e terno no tratamento. Quando não acontece, frequentemente ele se torna frouxo e grosso: frouxo na decisão e grosso no tratamento.

O marido deve ser firme e terno: firme nas decisões e terno no tratamento.

Quando o marido perceber que tratou mal a sua esposa, deve consertar imediatamente, confessando seu erro com humildade e arrependimento.

c. Compreensão

O marido deve também conhecer e compreender a sua mulher. É necessário escutar com atenção o que ela diz. Saber escutar é uma das qualidades mais valiosas que se pode ter. Quando o marido entende o que a mulher pensa e sente quais são as suas cargas, pode animá-la, conduzi-la e protegê-la com sabedoria. Um abraço e uma palavra amável e terna mostram à mulher que ela tem ao seu lado alguém que a compreende e a ama. Uma mulher que se sente compreendida e atendida pelo marido, dificilmente será rebelde e opositora. Alguns homens têm dificuldade de serem afetuosos porque não têm esse costume. É necessário romper com as barreiras e ver que essa é a vontade de Deus para o relacionamento com a sua mulher.

Tratar a esposa com dignidade, como parte mais frágil, significa honrá-la, cuidála, protegê-la e não sobrecarregá-la.

Tratar a esposa com dignidade (honra)

Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações. 1Pe 3.7.

Dignidade é igual a respeito e honra. Não é só a esposa que deve respeitar ao marido. Ambos são, igualmente, filhos de Deus. O versículo acima diz que, se o marido não trata a esposa com dignidade, suas orações são interrompidas. Tratar com dignidade, como parte mais frágil, significa honrar a esposa, cuidá-la, protegê-la e não sobrecarregá-la. O homem deve ter cuidado e proteção reais e práticos com sua esposa. Ela precisa sentir-se segura e confiante em seu marido. Quando ele não cumpre o seu papel, ela se vê desprotegida. O desamparo e as preocupações sobrecarregam e agitam a mulher. O homem deve assumir seu papel, atender os assuntos da casa, resolver todos os problemas que lhe competem e não passá-los para sua esposa. A mulher deve poder dizer: “meu marido é o meu pastor, nada me faltará”, como a igreja diz de Cristo: “O Senhor é meu Pastor…”. Tratá-la com dignidade também é admirá-la e tê-la em máxima consideração, como o presente de Deus para ele (Pv 19.14; Ec 9.9). É fazê-la sentir-se especial e única todos os dias. No livro de Ezequiel, Deus se refere à esposa do profeta como “a delícia dos teus olhos” (Ez 24.15-18). A esposa éuma demonstração da bondade de Deus para com o homem.

O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor. Pv 18.22.

Toda autoridade sujeita a Cristo deve agir com firmeza, mas também com amabilidade e humildade.

O homem deve representar a Jesus no lar

O homem é responsável por:

a. Manifestar a vida de Cristo na família

Assim como Cristo é a imagem de Deus, o homem deve ser a imagem de Cristo no lar. Deve andar no Espírito, ser santo, manifestar alegria constante, dar graças por tudo, deixar fluir o amor, a graça e a paz do Senhor.

b. Estabelecer o governo de Cristo

O homem é o cabeça da mulher e Cristo é o cabeça de todo homem. Portanto, o homem deve estabelecer a autoridade de Cristo no lar e não a sua. Se um homem não está sujeito a Cristo, como vai governar sobre sua mulher e filhos? Quando o Senhor delega autoridade ao homem, não lhe dá “carta branca” para fazer o que quer, mas estabelece critérios específicos e concretos. Toda autoridade sujeita a Cristo deve agir com firmeza, mas também com amabilidade e humildade. Sem fazer concessões indevidas, mas com disposição para dialogar e escutar. É importante que saiba discernir a vontade de Deus e que cuide para que ela se cumpra no seu lar.

c. Ministrar a graça salvadora de Cristo

O homem deve exercer o sacerdócio em sua família. Não basta abençoá-los com orações superficiais, deve se interessar por cada um. Dar tempo a cada um, conhecer suas necessidades, lutas e aflições. Dar a cada um dos filhos uma atenção particular. Constantemente ajudar a esposa a ver a dimensão eterna e grandiosa de sua função como esposa e mãe e cuidar para que ela não se desanime em suas tarefas que, às vezes, parecem triviais e insignificantes.

d. Doutrinar e edificar sua família

É importante usar as circunstâncias ocasionais da vida para ensinar, mas isso não é suficiente. O homem é responsável por ensinar toda a verdade de Deus, de forma ordenada e metódica a sua esposa e filhos. São seus primeiros discípulos. Deve determinar horários concretos para sentar com eles e compartilhar a palavra (Culto familiar). Deve haver lugar para a participação de todos e tudo deve ser cheio de oração. O homem deve considerar a esposa como ajudadora para isso. Não deve anulá-la, mas tampouco deve passar para ela toda a responsabilidade pela edificação dos filhos. Devem trabalhar juntos.

Quanta graça e segurança um marido amoroso e sábio traz à sua família.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

O padrão de Deus para os filhos

Publicado em 10 de janeiro de 2017 por Carlos A. Bächtold

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A vontade de Deus para os filhos é que obedeçam e honrem aos pais.

No princípio, Deus havia criado o relacionamento de pais e filhos para ser uma elevada relação de amor, carinho e cuidado. Filhos felizes, supridos e pais alegres com a vida de seus filhos. Entretanto, como todas as áreas n

a vida do homem, essa também foi estragada pelo pecado.

Muitos jovens hoje são desobedientes e desrespeitosos com os pais, essa é uma tendência no mundo atual. Está escrito que nos últimos tempos os homens seriam “desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados” (2Tm 3.1-4). Mas, Deus quer conduzir a vida familiar de um discípulo, fornecendo-lhe tudo o que é necessário para que ele viva o seu papel de filho segundo o Seu coração.

Esse assunto é muito importante para Deus. Podemos ver que Ele manifestou Sua vontade para os filhos logo nos dez mandamentos (Ex 20.12); ali, Ele não disse nada para maridos, esposas ou pais. Porém, para filhos rebeldes, havia estabelecido a mais severa pena: a morte (Dt 21.18-21; Ex 21.17).

Deus vê a rebelião e desrespeito dos filhos aos pais como algo contra Ele mesmo.

Isso expressa a seriedade com que Deus vê o assunto. Embora, nos dias de hoje, os filhos rebeldes não sejam mais apredejados, Deus sente-se igualmente ofendido e julgará esses filhos. O Senhor vê toda rebelião e desrespeito dos filhos aos pais como uma ofensa direta a Ele mesmo.

A vontade de Deus para os filhos em relação aos pais envolve, basicamente,
3 aspectos: a obediência, a honra e a consequente promessa.

A obediência

Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é
justo. Ef 6.1.

Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo
é grato diante do Senhor. Cl 3.20.

Submissão é uma decisão, fruto da própria vontade, através da qual nos sujeitamos ao governo de outra pessoa. Essa já é a atitude de todo aquele que nasceu de novo. Agora é requerida na obediência aos pais, mais uma vez, para que a vontade de Deus se realize.

É justo os filhos obedecerem a seus pais. A obediência deve ser em tudo. Isso é agradável a Deus.

Não há nenhuma humilhação nisso, mas o reconhecimento de uma autoridade que Deus colocou em nossa vida, para cuidado e orientação. Jesus, sendo o Senhor, quando jovem, foi obediente e submisso aos seus
pais (Lc 2.51); por que nós, seus servos, não podemos sujeitar-nos a nossos pais? A dificuldade em nos submetermos tem origem no coração de Satanás, na raiz de orgulho e rebelião.

Deus declara que é justo que os filhos obedeçam a seus pais (Ef 6.1) e que isso é agradável a Ele (Cl 3.20).

O testemunho da vida de Cristo através da vida do discípulo causa muito mais impacto nos seus pais do que meras palavras.

É importante salientar que a obediência não é exclusiva para os filhos de pais convertidos. O princípio é geral, aplica-se aos filhos de pais discípulos ou não. O fato de alguns pais ainda não terem se rendido aos pés do Senhor não dá aos filhos o direito à desobediência. As únicas situações em que o discípulo não deveobediência aos seus pais são aquelas onde a ordem dos pais secontrapõe à vontade de Deus, expressa na bíblia – por exemplo,se o pai mandá-lo mentir ou praticar imoralidade sexual (At4.18-20). Em um caso assim, o filho não poderá obedecer aospais, ainda que sofra consequências por isso.

A honra

Ef 6.2-3; Ex 20.12.

Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento
com promessa, para que te vá bem, e sejas
de longa vida sobre a terra. Ef 6.2-3.

A vontade de Deus é que os filhos tenham seus pais em alta consideração. Devem considerar que a sabedoria e experiência que eles têm não se adquirem na escola, mas sim no longo aprendizado da vida. Errando e acertando, ganhando e perdendo, avaliando e corrigindo, vão agregando à sua experiência elementos para conduzir outros (Pv 1.8; 6.20).

Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a
instrução de tua mãe. Pv 1.8.

Quanta paz e bênçãos desfrutam os filhos que honram aos pais! Quanta alegria provam os pais de um filho sábio e respeitoso! Quanta glória o Senhor recebe de um filho segundo o Seu coração!

O filho sábio alegra a seu pai, mas o homem insensato despreza a sua mãe. Pv 15.20.

Os filhos devem aprender a serem gratos por seus pais. Isso tornará mais fácil honrá-los. Eles precisam aprender a colocar maior peso nas virtudes do que nas debilidades dos seus pais.

Quando um discípulo perdoa e honra um pai, o nome de Cristo é honrado e
glorificado.

É importante notar que o mandamento de Deus é que os filhos honrem aos seus pais, independentemente deles serem admiráveis ou não. Não se deve confundir honra com admiração. Há pais que não se consegue apreciar por toda injustiça que praticam: alguns praticam pecados grosseiros, outros já ofenderam os filhos de diversas formas, há até aqueles que são criminosos. Esses pais não são admiráveis, mas Deus quer que seus filhos os honrem
como pais. Quando um discípulo de Jesus perdoa e honra um pai ou mãe, o nome de Cristo é honrado e glorificado.

A honra pelos pais se manifesta pelo trato cordial, amável e respeitoso. A falta dela é expressa através de gestos, grosserias, prepotência, altivez e desprezo (Pv 13.1; 19.26; 30.11), atitudes muito comuns no mundo.

Os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a
obediência à sua mãe, corvos no ribeiro os arrancarão
e pelos pintãos da águia serão comidos. Pv 30.17.

Muitos pais, quando atingem uma idade avançada, são abandonados e considerados como peso na vida dos filhos. Principalmente quando ficam enfermos e precisam de cuidados especiais. A palavra do Senhor insta os filhos a que, quando os pais vierem a envelhecer, não os desprezem, antes cuidem deles e os recompensem (Pv 23.22; 1Tm 5.4,8).

Um discípulo honra aos pais respeitando, servindo e amando.

É preciso desenvolver um relacionamento afetuoso com seus pais, expressando o amor em gestos e palavras. É bom para um pai ou uma mãe ouvir expressões de amor por parte do seu filho. Muitas vezes os filhos deixam passar oportunidades de demonstrar seu afeto e carinho. Como atitudes práticas, temos:

• Dizer-lhes como são importantes;

• Falar bem deles a outros;

• Presenteá-los fora das datas especiais;

• Prestar-lhes, espontaneamente, pequenos serviços que eles estejam precisando;

• Passar tempo com eles;

• Conversar sobre o que eles gostam;

• Preparar-lhes uma comida especial;

• Uma flor, um beijo, um gesto, um cartão, um chocolate, são meios de transmitir amor, gratidão e apreço.

Para que a amizade cresça, é necessário que os filhos se determinem a se aproximar de seus pais e criem situações em que possam estar juntos para desenvolver companheirismo e amizade.

O tempo do jovem em casa é muito curto. Portanto, é importante aproveitar esses anos da juventude para firmar bem essa amizade e honrar aos seus pais.

A promessa

(…) para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a
terra. Ef 6.3.

Honrar os pais é o primeiro mandamento com promessa. Quem o fizer, pode ter a segurança de que colherá bênçãos e terá longa vida.

Nada devemos fazer por interesse, o que arde no coração do discípulo é agradar a Deus, portanto a promessa não é a motivação para obedecer ao mandamento. Mas, sim, é uma bênção do Senhor. Desfrutemos dessa bênção.

Orientações específicas

a. Tarefas domésticas

Desde pequenos, os filhos são orientados a assumirem obrigações específicas. É necessário que os filhos atentem para as orientações dos pais, e façam exatamente o que eles pedem. Com o tempo, essas obrigações devem tornar-se mais voluntárias.

Os filhos podem e devem assumir a responsabilidade por tarefas comuns no lar.

É agradável aos pais que os filhos façam mais do que se pede a eles. Não só
deixar o quarto arrumado, mas também ajudar no trabalho da mãe: ajudar a lavar a roupa, limpar a casa, fazer compras e até mesmo na cozinha.

Quando os filhos são pequenos, a mãe faz tudo. Mas é uma injustiça permitir
que ela continue a fazê-lo sozinha. Os filhos podem e devem assumir a responsabilidade por tarefas comuns no lar. Isso honra os pais e o Senhor.

b. Estudos

O estudo é o trabalho principal dos filhos, portanto, devem fazê-lo com dedicação. Muitos jovens pensam que é suficiente fazer o mínimo necessário para passar de ano. Isso é mediocridade e é uma atitude preguiçosa. O esforço deve ser para atingir o máximo de sua capacidade e alcançar todo o
conhecimento possível.

O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta. Pv 13.4.

c. Trabalho

Embora alguns jovens fiquem debaixo do cuidado dos pais até terminarem seus estudos, é importante que comecem a trabalhar desde cedo, ainda que sejam algumas horas por dia. Se conseguirem suprir seus próprios gastos, será de grande ajuda aos pais e trarão um sentido de dignidade e auto-estima. O trabalho traz maturidade.

d. Relacionamento entre os irmãos

Um bom relacionamento entre os filhos também constitui honra aos pais. “Oh! Como é bom e agradável que os irmãos vivam unidos!” (Sl 133.1). Deve-se cultivar, entre os irmãos, um ambiente saudável, onde os laços familiares serão fortalecidos, formando uma amizade sólida que durará por toda a vida.

Um bom relacionamento entre irmãos honra aos pais e forma uma amizade sólida que durará por toda a vida.

Para isso, deve-se desenvolver um ambiente rico em afeto, cuidado, serviço e respeito mútuo. Deve-se fugir das brigas, atritos e ofensas. Quando houver conflitos, deverão ser resolvidos com um coração humilde e perdoador, segundo a Palavra do Senhor.

Tudo isso também honra e é motivo de grande alegria para os pais.

e. Gratidão

Enquanto o filho estiver debaixo do cuidado paterno, ele desfrutará de benefícios e privilégios naturais. Alguns desses, seus pais não podem deixar de prover. Outros, entretanto, são concedidos aos filhos por uma atitude de amor, carinho e graça dos pais.

É justo que os filhos reconheçam e expressem gratidão por todo serviço e bem que recebem de seus pais ao longo de toda a vida.

Além disso, os filhos recebem muito mais do que realmente necessitam. Porém, muitos não reconhecem isso, pensam que é obrigação dos pais. Os pais têm a obrigação de prover alimento, roupa, educação e residência enquanto os filhos não podem conseguir isso por si mesmos. O que passar disso é graça. Seria muito bom que os filhos sustentados por seus pais
depois da maioridade, alguns até ajudados enquanto cursam uma faculdade, reconhecessem e expressassem uma gratidão especial pelo benefício recebido.

O coração grato de um filho agrada ao Senhor e traz grande alegria aos pais.

Fonrte: Fazendo Discípulos

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Com que propósito DEUS tirou os hebreus do Egito?

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Há algum empo atrás uma emissora de TV veiculou em forma de novela, a saída dos hebreus do Egito, e sua travessia do Mar Vermelho, isto após terem presenciado a chegada das “dez pragas” ao Egito.

Poucos, entretanto, têm conhecimento do objetivo de DEUS ao tirar os israelitas do Egito. Em Êxodo 29:46 DEUS revela qual Sua intenção ao tirar o povo do Egito: habitar no meio deles.

É interessante vermos, ao retrocedermos um pouco na história de Israel, como DEUS agiu de forma soberana e sobrenatural para que esse momento acontecesse…

Para chegar até aquele momento, algumas metas prescisavam ser atingidas a fim de que acontecesse o que DEUS pretendia.

DEUS queria um povo livre, que O adorasse, e esse povo teria que construir um santuário onde DEUS iria se manifestar; e este santuário seria construído tendo como material muito ouro, prata, pedras preciosas, e outros materiais específicos.

Agora, por um pouco, vamos avaliar as circunstâncias nas quais se encontravam os descendentes de Jacó (cujo nome foi mudado por DEUS para Israel):

  • Os israelitas eram escravos no Egito;
  • Estavam habitando entre um povo cuja cultura (egipcia) era idólatra e cujas divindades eram, muitas delas, híbridas (metade gente, metade animal). Logo, a terra onde habitavam era cheia de ídolos.
  • Eles não tinham nenhum líder que pudesse conduzí-los para fora daquele lugar;
  • Não tinham qualquer conhecimento sobre como construir um santuário nos padrões de DEUS.

Essas circunstâncias, aos olhos humanos, poderiam levar a pensar que o propósito de DEUS, de ter um povo livre para O servir, e um santuário onde se comunicar com esse povo, jamais se realizaria. Mas JEOVÁ DEUS É O DEUS DO IMPOSSÍVEL…

Inicialmente, DEUS precisava “formar um líder”. Para tanto, uniu um homem e uma mulher, cuja fé estava firme na promessa de DEUS de dar a Israel um libertador. Da união desse casal, DEUS gerou um filho – Moisés. Os pais de Moisés, a despeito da ordem de faraó de que todos os meninos que nascessem fossem lançados no Rio Nilo para serem devorados pelos crocodilos, esconderam o bebê recém-nascido por três meses. Posteriormente, a irmã de Moisés (Miriã) obedecendo à sua mãe, colocou-o, em um cesto de vime (preparado para flutuar) nas margens do Nilo, entre os juncos (ÊX. 2:1-4). Justo naquele dia e naquele momento, a filha de faraó foi ao rio para banhar-se, e encontrou o bebê que chorava e resolveu adotá-lo, criando-o como seu próprio filho. Entretanto, contratou como “Ama” a mãe do próprio bebê (sem sabê-lo). Moisés, portanto, foi criado como um príncipe do Egito. Claro que durante o tempo que esteve com sua mãe, esta lhe ensinou os princípios de DEUS (HB. 11:23-29). Vemos aqui que DEUS gerou, no ventre de uma mulher, alguém que pôde, mais tarde, ser constituído como líder para guiar o povo para fora daquela terra.

DEUS mesmo prepara Seus líderes!

Depois, através de Moisés, DEUS libertou com poderosa mão os hebreus da escravidão de faraó. Levou-os através do Mar Vermelho e do deserto até Seu monte santo – Horebe. Ali, DEUS lhes deu as tábuas da Lei. Ali DEUS fez com eles uma Aliança. Ali DEUS ordenou a construção de um tabernáculo tendo, anteriormente, lhes provido do material necessário para a sua construção (ouro e prata em abundância), material a eles dado pelos egípcios.

DEUS os alimentou no deserto, e também no deserto os capacitou a trabalhar em ouro, prata, pedras preciosas, bordados, etc. DEUS fez tudo, em todos, a fim de ter uma habitação entre eles.

Todos sabemos que, apesar de tudo isto, o povo acabou “perdendo o foco”, e se desviou do padrão Divino para suas vidas. Contudo, DEUS não mudou de ideia. ELE quer habitar entre os homens. Depois, muito tempo depois, o próprio DEUS abandona o templo e se faz homem (JO. 1:1-14). DEUS já não habita (como nunca habitou) em templos feitos pelos homens.

E hoje, DEUS ainda quer habitar entre nós (JO. 14:23), dentro de cada um de nós. A este habitar de DEUS no meio dos homens a Bíblia chama de IgrejaEF. 1:22,23; 1 TM. 3:15; HB. 3:6; 1 PE. 2:5; JO. 14:23

Claro que há muitos aspectos importantes a serem levados em conta em relação à Igreja…

A suma do que foi dito, entretanto, é que o desejo do coração de DEUS é habitar no homem que ELE criou. Esse desejo não mudou!

Contudo, para que tenhamos o habitar de DEUS conosco, temos que cumprir certo requisito – João 14:23.

É necessário, também, saber quais os riscos de não ter CRISTO governando a própria vida: Mateus 12:43-45.

Cuidemos! Que em nossa “casa”, tenhamos JESUS CRISTO governando como SENHOR SOBERANO, pois do contrário será o maligno quem estará governando sobre nós.

domingo, 1 de janeiro de 2017

Começou um Novo Ano… então…

FELIZ2017_Bachtold

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Como DEUS quer que você lide com suas finanças e bens

A Economia de DEUS

Leitura:

  • Eclesiastes 5:10,13; 6:7
  • 1 Timóteo 6:9-11
  • Mateus 6:19,20
  • Lucas 16:9
  • Deuteronômio 15:7,8,11
  • Salmos 41:11
  • Provérbios 3:9
  • Atos dos Apóstolos 4:32-35
  • 2 Coríntios capítulos 8 e 9

ADVERTÊNCIA

A menos que você queira gerir seus bens pelos princípios Divinos, em obediência a DEUS, não siga a leitura deste artigo. Este artigo visa conduzir você a obedecer a DEUS e não apenas a lhe dar o conhecimento sobre Seus princípios para as finanças. Saiba que se ler este artigo apenas para “saber” e não para por em prática, você estará indesculpável perante o SENHOR.
A quem muito é dado, muito se pedirá”. (Lucas 12:48)

No mundo há ricos e pobres.

Os ricos amam o dinheiro e fazem qualquer coisa para aumentar suas posses. São ricos e gastam suas riquezas como bem desejam.

Os pobres, por sua vez, são oprimidos e até escravizados pelos ricos. Lutam para sobreviver com o pouco que têm.

No mundo governado por Satanás isto é assim! Isto não é novidade não é mesmo?

Agora deixe-me dizer uma coisa…

DEUS tem uma forma totalmente diferente de se lidar com os bens, inclusive com o dinheiro. E essa forma diferente de lidar com os bens, DEUS a tem mostrado aos Seus servos ao longo das épocas, e JESUS tem ensinado aos Seus discípulos.

É sobre isto que vamos tratar agora. Se você quer, de fato, honrar a DEUS com aquilo que possui, reflita e pratique aquilo que aqui será mostrado.

Vamos ao que a Palavra de DEUS nos mostra nesse sentido…

“Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.”
Eclesiastes 5:10

“Há um grave mal que vi debaixo do sol, e atrai enfermidades: as riquezas que os seus donos guardam para o seu próprio dano;”
”"
Eclesiastes 5:13

Alguma vez você já imaginou que “as riquezas podem atrair enfermidades”?

“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.”
1 Timóteo 6:9-11

Aqui o apóstolo Paulo alerta seu filho na fé – Timóteo – para os males causados pelo amor ao dinheiro

“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.”
”"
Mateus 6:19,20

O próprio JESUS ordena:Não ajunteis tesouros na Terra”. ELE ordena que ajuntemos tesouros no céu“. Que  tipo de tesouro podemos “ajuntar no céu”? O próprio JESUS nos responde:

“E eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.”
Lucas 16:9

JESUS aqui está sendo muitíssimo claro! ELE diz que devemos “granjear” (ganhar) amigos com as riquezas da injustiça… O que talvez você não saiba é que, por mais honesto que seja o trabalho que você e eu executemos, o dinheiro em si próprio tem uma origem injusta. Não foi DEUS quem inventou o dinheiro! O dinheiro foi criado por causa do comércio. DEUS não precisa de dinheiro! O homem, este sim, precisa do dinheiro para adquirir e negociar neste mundo. De tudo, porém, que podemos “comprar” com o dinheiro, com as “riquezas”, JESUS nos aconselha a “conquistarmos”, a “ganharmos” amigos (observe que ELE não fala “comprarmos” – porque amigos não são comprados e sim “conquistados”).
Em outras palavras, devemos usar nossos bens para ganhar pessoas para o Reino de DEUS, pessoas que irão para os tabernáculos eternos (uma referência ao corpo glorificado que os salvos receberão por ocasião da volta de JESUS).

As outras referências que não foram aqui transcritas apontam na mesma direção.

Resultado de imagem para não ajunteis tesouros na terraNa referência de Atos dos Apóstolos e 2 Coríntios vemos de forma ainda mais clara a maneira como um discípulo de JESUS aplica suas finanças. Isso é uma prática a ser retomada entre nós! No início da Igreja, vemos que não haviam necessitados entre os discípulos. E por quê? Porque aqueles que “tinham de mais, davam para os que tinham de menos” de forma que não sobrava para aqueles nem faltava para estes.

Infelizmente estamos perdendo de vista a simplicidade do Evangelho do Reino de DEUS! Temos que acordar! Temos que voltar a praticar as primeira obras… Inclusive esta é uma ordem do SENHOR para uma das igrejas citadas em Apocalipse… “Lembra-te de onde caíste e pratica as primeiras obras”…  Os cristãos contemporâneos têm esquecido de quem são! Têm vivido como pessoas comuns, como os cidadãos do mundo vivem! Percebemos muitos cristãos abastados ao ponto de pecarem pela luxúria, gastando seu dinheiro com luxo, com ostentação, enquanto outros, por sua vez, sofrem fome, e passam necessidade. Isto não é cristianismo! Não é o que JESUS ensinou! Não é o que os apóstolos e os discípulos viviam e o que hoje nós próprios devemos viver!

Sabemos que muitas religiões cobram de seus fiéis o “dízimo”, e as “ofertas”. Muitos, inclusive, pensam que daquilo que têm o dízimo é do SENHOR – apegando-se à textos do Antigo Testamento e à práticas judaicas. No Novo Testamento, na vida da Igreja de CRISTO, não é apenas o dízimo que é do SENHOR… TUDO É DELE! Leia com atenção Atos dos Apóstolos… Leia com Atenção 2 Coríntios 8 e 9. Se você entrega seu dízimo e sua oferta, e depois usa seus bens de qualquer jeito, ainda não entendeu a economia de DEUS!

Resultado de imagem para não ajunteis tesouros na terraOu usamos nossos bens para conquistar vidas para o Reino de DEUS, transformando a moeda do mundo em “ouro do santuário”, honrando ao SENHOR com o que temos, ou então estamos sendo escravos de Mamon, servindo às riquezas em vez de as usarmos para que nos sirvam. Pensemos nisto!

 


 

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Salvai-vos desta geração perversa

Resultado de imagem para salvai-vos desta geração perversaNão há dúvida alguma de que estamos vivendo os últimos dias da Terra. São dias de densas trevas, de uma geração (povo) que não conhece ao SENHOR e tampouco os Seus caminhos.

As novas ideologias que têm surgido, associadas com as novas propostas educacionais, têm submergido a humanidade num período de escuridão nunca antes visto... Quero crer, inclusive, que nosso tempo é pior que a própria "Idade das Trevas", quando, na Idade Medieval, o catolicismo romano torturava e matava todos aqueles que discordavam das doutrinas e práticas da "Santa Igreja Católica" e do "santo Papa".

Porque penso assim? Basta olhar à nossa volta...
A despeito do fato de nos encontrarmos na "era da informação", da "tecnologia" e "dos computadores", na era "cibernética", as pessoas não são detentoras do verdadeiro conhecimento e da verdadeira sabedoria.

Recebe-se, num momento de tempo, milhares de informações em tempo real, por meio de dispositivos os mais diversos. Aparelhos que no passado apenas serviam para fazer ligações telefônicas, hoje servem como GPS, como "máquina fotográfica", como "média player", etc... Fazem um sem-número de coisas, além de permitir a comunicação em tempo real com as demais pessoas... Ainda assim, a sociedade permanece ignorante sobre aquilo que realmente importa.

Valores? Só conhecem aqueles que são expressos em papel-moeda! Nem mesmo os "títulos de capitalização" conhecem... Quem dirá os valores morais?

Educação? Para a maioria é sinônimo de "escolaridade"...

Os olhos desta geração estão contaminados com tanta poluição visual, seus ouvidos, com poluição sonora... E seu coração, com pornografia, malícia, e tantas outras coisas... Por isso que sabemos que esta é a última geração.

Atentemos para as palavras que nos advertem:
"Salvai-vos desta geração perversa"...

Busquemos o SENHOR enquanto O podemos encontrar... Trabalhemos enquanto é dia... A noite vem...

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

A EDUCAÇÃO DOMICILIAR NO NOSSO PAÍS

O ensino domiciliar, como substituto do ensino escolar, não é expressamente proibido nem permitido ou regulado por qualquer norma brasileira.

Sumário: 
 1. A inexistência de expresso tratamento legislativo e constitucional sobre o tema. 
2. Duas questões fundamentais. 
3. Aspectos constitucionais. 
4. Aspectos infraconstitucionais. 
5. Conclusões.



1.A inexistência de expresso tratamento legislativo e constitucional sobre o tema


O ensino domiciliar, como substituto do ensino escolar, não é proibido expressamente por nenhuma norma no ordenamento jurídico brasileiro, seja constitucional, legal ou regulamentar. Nem, tampouco, é expressamente permitido ou regulado por qualquer norma. O fundamento dessa omissão é bastante simples: o assunto somente está sendo debatido no Brasil recentemente e, ainda, de forma tímida.

Existe, pois, uma lacuna na legislação brasileira: os dois principais documentos que tratam de educação (Constituição Federal – CF, art. 205 a 214, e Lei 9.394/98 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB) sequer mencionam a educação domiciliar. Também não consta dos debates legislativos que deram origem a esses textos a discussão a respeito da educação domiciliar.

Mesmo em casos como esse, não se pode deixar de caracterizar um fenômeno social como legal ou ilegal, pois não existem fatos "alegais", ou seja, à margem do Direito. Apenas essa omissão já é suficiente para, de forma preliminar, declarar a validade da educação domiciliar, pois a CF tem como um dos pilares o princípio da legalidade (art. 5°, II), que considera lícita qualquer conduta não expressamente proibida em lei.



2.Duas questões fundamentais


Como a mera inexistência de proibição ainda pode gerar dúvidas naqueles que consideram o tema por demais estranho, deve ser verificada, então, a adequação do fato em discussão ao espírito das normas vigentes. Em outros termos, além de não existir norma expressamente proibitiva, procurar-se-á determinar a existência ou não de normas que apoiem a aplicação do ensino domiciliar.

A questão da licitude ou ilicitude da educação domiciliar será analisada gradativamente, ao se procurar responder a algumas perguntas essenciais. Ao responder essas perguntas, procurar-se-á seguir a hierarquia do ordenamento jurídico brasileiro: Constituição Federal, tratados internacionais de direitos humanos (no caso, a Declaração Universal dos Direito Humanos – DUDH, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948) e leis ordinárias (no caso, a LDB, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – e o Código Civil – CC).

A primeira questão essencial é: a quem compete prover a educação?

Não há controvérsia a esse respeito, sendo a obrigação compartilhada entre a família e o Estado, conforme demonstram os seguintes dispositivos:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CF – grifou-se).
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (LDB – grifou-se).

Sendo o Estado e a família responsáveis pela educação, a próxima pergunta é: a qual deles compete a primazia na educação dos filhos menores?

A resposta é dada de forma cristalina, respectivamente, na DUDH e no CC:

3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos (artigo XXVI – grifou-se).
Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
I - dirigir-lhes a criação e educação (grifou-se);

Portanto, os pais têm os deveres de educar e de dirigir a educação dos filhos e, para cumpri-los, podem utilizar-se dos métodos que acharem mais pertinentes: matricular os filhos em uma escola, ensiná-los em casa ou utilizar qualquer outra forma intermediária. Nesse sentido, o Estado somente pode tomar para si a educação do menor caso a família não tenha vontade ou condições de educá-lo em casa.

Por cautela, porém, deve se considerar a conclusão alcançada no parágrafo anterior como, ainda, provisória. Para torná-la definitiva, é necessária a apreciação de todos os dispositivos constitucionais, legais e regulamentares pertinentes à matéria.



3.Aspectos constitucionais


Inicialmente, deve ser analisado o art. 208 da CF:

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
(...)
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.

O inciso I do mencionado artigo não obriga à escolarização, mas à educação, que é conceito bem mais amplo. Sua interpretação é bastante simples: a educação, que começa com o nascimento do indivíduo, deve assumir uma feição formal quando ele tem de 4 a 17 anos, ou seja, deve cumprir as finalidades enumeradas no art. 203 da CF:

a)pleno desenvolvimento da pessoa;

b)seu preparo para o exercício da cidadania; e

c)sua qualificação para o trabalho.

Para alcançar essas finalidades, os pais podem, se tiverem as condições necessárias, educar os filhos em casa. Mais ainda: de qualquer forma, a educação deve ser realizada em casa. A própria CF reconhece isso ao dispor, no art. 229, que "os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores". Portanto, a educação domiciliar não apenas é permitida, mas também exigida dos pais.

Por questões meramente práticas, a imensa maioria dos pais prefere delegar parte da educação à escola, seja pública ou privada. Geralmente, não há tempo, conhecimento ou disposição para ensinar os filhos em casa. Trata-se de uma opção majoritária, sustentada e amparada pela CF, que prevê a existência de escolas públicas e privadas.

Há, porém, uma minoria, que não aceita delegar nenhuma atribuição educacional à escola, que prefere exercer de modo absoluto uma atribuição que, na maior parte da história da humanidade, sempre foi da família. Em qualquer democracia constitucional, essa minoria, como qualquer outra, deve ser respeitada, com base no pluralismo político (CF, art. 1°, V) e, mais especificamente, no "pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas" (CF, art. 206, III), um dos princípios fundamentais do ensino.

Juridicamente, a questão da delegação sempre envolve precedência e hierarquia, ou seja, o delegante é aquele que tem a competência, o dever de praticar determinado ato e que pode, voluntariamente, transferir parte das suas atribuições para outra pessoa, o delegatário. Essa transferência pode ser revogada a qualquer tempo, sendo que o delegatário somente tem os poderes expressamente conferidos pelo delegante.

Nesse sentido, não pode haver dúvida de que, em termos históricos, antropológicos e políticos, a família tem precedência sobre o Estado. Essa situação é reconhecida expressamente pela CF, que dispõe: "Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado". O Estado é, portanto, uma estrutura auxiliar à família, que deve, geralmente, apoiá-la; e, apenas excepcionalmente, substituí-la, quando esta mostrar-se sem força suficiente para prover as necessidades básicas de seus membros.

Assim, o § 3° do art. 208, referido anteriormente, deve ser interpretado em consonância com todos os dispositivos constitucionais, e não de forma isolada. Isso significa que cabe ao Poder Público zelar pela frequência à escola apenas das crianças e adolescentes que não recebam o ensino domiciliar.

Em síntese: constitucionalmente, a educação domiciliar é um dever da família, que perde boa parte do sentido de sua existência se não provê-la para seus membros mais frágeis. Também é um direito individual dos pais, que somente deixarão de exercê-lo se não puderem ou não quiserem.
4.Aspectos infraconstitucionais

O art. 6° da LDB determina aos "pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade, no ensino fundamental". Esse dever, porém, não se aplica aos pais que optaram pelo ensino domiciliar por um motivo muito simples: o objeto da lei não é a educação em geral, mas apenas aquela ministrada nas escolas: "esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias" (art. 1°, § 1°). Defender interpretação diversa seria como pretender aplicar o Código de Trânsito Brasileiro, que trata apenas dos veículos terrestres, a aviões e navios.

Mesmo que, apenas por hipótese, a LDB seja considerada como uma lei aplicável a qualquer modalidade de ensino, deve-se atentar para o fato de que ela mesma não exige que o aluno da educação básica (formada pela educação infantil e pelo ensino fundamental e médio) tenha escolarização anterior:

Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
(...)
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita:
(...)
c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino;

O dispositivo referido permite expressamente que um aluno ingresse em algum dos níveis da educação básica sem necessidade de ter frequentado anteriormente a escola: basta a realização de uma avaliação que meça seu grau de desenvolvimento. Trata-se de simples regra de bom-senso, que determina prioridade do efetivo aprendizado sobre o mero comparecimento em sala de aula.

O mesmo bom-senso foi utilizado pelo Governo Federal ao estabelecer que a aprovação no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tem como consequência a expedição de um certificado de conclusão do ensino médio. Essa norma está contida na PORTARIA NORMATIVA N° 4, DE 11 DE FEVEREIRO DE 2010, expedida pelo Ministro da Educação:

Art. 1º O interessado em obter certificação no nível de conclusão do ensino médio ou declaração de proficiência com base no Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM deverá acessar o sítio eletrônico (http://sistemasenem2.inep.gov.br/Enem2009/), com seu número de inscrição e senha, e preencher o formulário eletrônico de solicitação de certificação, de acordo com as instruções pertinentes, até o dia 31 (trinta e um) de março de 2010.
Art. 2º O interessado deverá observar os seguintes requisitos:
I - ter 18 (dezoito) anos completos até a data de realização da primeira prova do ENEM;
II - ter atingido o mínimo de 400 pontos em cada uma das áreas de conhecimento do ENEM;
III - ter atingido o mínimo de 500 pontos na redação.
Parágrafo único. Para a área de linguagens, códigos e suas tecnologias, o interessado deverá obter o mínimo de 400 pontos na prova objetiva e, adicionalmente, o mínimo de 500 pontos na prova de redação.
Art. 3º O INEP disponibilizará às Secretarias de Educação dos Estados, Municípios e do Distrito Federal e aos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia as notas e os dados cadastrais dos interessados, nos termos do art. 1º, por meio do sítio (http://sistemasenem.inep.gov.br/EnemSolicitacao/).
Art. 4º Compete às Secretarias de Educação e aos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, definir os procedimentos para certificação no nível de conclusão do ensino médio com base nas notas do ENEM 2009.

Nessa portaria, há um dispositivo de suma relevância: o art. 2°, que enumera os requisitos para a obtenção do certificado de conclusão do nível médio: o postulante precisa apenas ter 18 anos e alcançar uma pontuação mínima. A relevância do dispositivo está exatamente naquilo que omite, pois não requer, para a obtenção do certificado, a comprovação de que foram concluídas regularmente todas as séries do ensino fundamental e médio.

Assim, aquele que foi educado em casa poderá fazer o ENEM e, caso preencha os requisitos, conseguir um certificado de conclusão do ensino médio. Implicitamente, o Ministério da Educação reconheceu como válida a educação domiciliar, adotando uma noção material de ensino médio (determinado nível de desenvolvimento intelectual) ao invés da tradicional concepção formal (número de séries frequentadas pelo aluno na escola).

Ainda existem duas leis cuja interpretação precisa ser bem compreendida: o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei 8.069, de 13 de julho de 1990) e o Código Penal – CP (Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940).

O art. 55 do ECA contém uma norma, à primeira vista, bastante peremptória: "os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino". Em uma interpretação isolada, parece não haver opções para os pais: mesmo a contragosto, estariam obrigados a matricular os filhos nas escolas.

Porém, obviamente, não existe norma isolada no sistema jurídico. Toda interpretação deve ser sistemática, ou seja, deve considerar o conjunto das normas jurídicas. E, como visto, há normas constitucionais, legais e regulamentares que permitem o ensino domiciliar.

Neste caso, há uma peculiaridade, pois o ECA tem um artigo que determina um modo especial de interpretação de suas normas: "Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento".

Trata-se da doutrina da proteção integral, que requer prioridade absoluta à criança e ao adolescente, considerando a efetivação de seus direitos como o norte para a interpretação do ECA. A questão, assim, torna-se bastante simples: qualquer norma dessa lei deixa de ser obrigatória se for demonstrado que, no caso concreto, sua aplicação não reflete o melhor interesse do menor.

Além disso, a lei contém o vício já examinado em outros casos: a educação domiciliar nem chegou a ser discutida durante a sua tramitação. Mais ainda: à época de sua promulgação, nem se sabia, no Brasil, da existência dessa modalidade de educação. Nesse sentido, a opção era muito clara: deveria ser imposta a matrícula em estabelecimento escolar porque a alternativa conhecida à época era, simplesmente, a ausência de instrução.

Pois bem. O art. 55 do ECA deve ser interpretado restritivamente, ou seja, somente estão obrigados a matricular os filhos na escola, os pais que não quiserem ou não puderem prover adequadamente o ensino domiciliar.

Ainda é preciso fazer uma referência ao Conselho Tutelar, previsto nos art. 131 a 135 da lei. Seu objetivo é, expressamente, "zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente". Entre esses direitos, está, obviamente, o de receber a educação adequada.

Assim, os membros do Conselho Tutelar exercem o poder de polícia sobre as famílias no que tange à educação dos filhos. É possível que verifiquem se os menores estão recebendo a instrução adequada para sua idade. Podem, inclusive, realizar testes para avaliar o desenvolvimento intelectual dos menores.

Os limites da atuação do Conselho Tutelar esbarram no poder familiar concedido pelo Código Civil aos pais. Como visto, somente a estes cabe dirigir a educação dos filhos. Caso um membro desse conselho resolva atuar pelo simples fato de os pais estarem educarem os filhos em casa, ele estará usurpando o poder familiar e praticando, portanto, um ato de abuso de autoridade, que implica responsabilidade civil, administrativa e, eventualmente, penal.

A última lei a ser analisada é o Código Penal, que dispõe:

Abandono intelectual
Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Perceba-se que não há, aqui, nenhuma obrigação de manter o filho em uma instituição escolar, mas apenas de "prover à instrução primária", ou seja, de educá-lo, em casa ou na escola. Isso se torna mais evidente ao verificar o tratamento que a Constituição de 1937, vigente à época da promulgação do CP, dava à educação:

Art. 125 - A educação integral da prole é o primeiro dever e o direito natural dos pais. O Estado não será estranho a esse dever, colaborando, de maneira principal ou subsidiária, para facilitar a sua execução ou suprir as deficiências e lacunas da educação particular.

É difícil imaginar um dispositivo que permita a educação domiciliar de forma mais evidente. Está bem estabelecido o direito primordial dos pais e o caráter apenas colaborativo da atuação do Estado.

Portanto, não matricular os filhos na escola será crime de abandono intelectual apenas se os pais não proverem a instrução em casa. Ademais, é possível, ao contrário, que a matrícula em instituição de ensino que não consiga prover adequadamente a instrução, como é bastante comum, configure esse crime.



Conclusões


A precedente análise do ordenamento jurídico brasileiro permite as seguintes conclusões:

a)o ensino domiciliar não é proibido no Brasil. Não há nenhuma norma jurídica que, expressamente, o considere inválido. Em casos como esse, aplica-se o princípio constitucional da legalidade, que considera lícito qualquer ato que não seja proibido por lei;

b)o ensino domiciliar é um dever que os pais ou responsáveis têm com relação aos filhos. A educação, em sentido amplo, deve ser dada principalmente em casa, sendo a instrução escolar apenas subsidiária;

c)o ensino domiciliar também é um direito dos pais, pois, conforme o Código Civil, uma das atribuições decorrentes do poder familiar é a de dirigir a educação dos filhos. A escolarização somente é necessária se os pais não puderem ou não quiserem educar os filhos em casa;

d)essa interpretação foi adotada implicitamente pelo Ministério da Educação ao dispor que a obtenção de determinada pontuação no Enem dá direito a um certificado de conclusão do ensino médio, sendo desnecessária qualquer comprovação escolar;

e)a matrícula em instituição de ensino somente é obrigatória, nos termos da LDB e do ECA, para os menores que não estejam sendo ensinados em casa ou cuja educação domiciliar revele-se, indubitavelmente, deficiente;

f)somente há crime de abandono intelectual se não for provida instrução primária aos filhos. O CP, ao prever essa conduta, não colocou como requisito que essa instrução deva ser dada na escola; e

g)o Conselho Tutelar tem o poder, assegurado legalmente, de fiscalizar a educação recebida por crianças e adolescentes, podendo, inclusive, submeter aqueles educados em casa a avaliações de desempenho intelectual condizente com sua idade. Não pode, porém, determinar o modo como serão educados, em casa ou na escola, o que constituiria abuso de autoridade por intromissão indevida na esfera do poder familiar dos pais.

--- Você Me ama?

Esta pergunta foi feita pelo SENHOR JESUS a Pedro, durante uma das aparições do SENHOR após haver ressurgido dos mortos.
Momentos antes de ser preso e condenado à morte, JESUS havia dito a Pedro que este O negaria. Pedro, consternado, negou que isto aconteceria. Mas aconteceu! 

Pedro negou a JESUS por três vezes consecutivas - veja-se Mateus 26:75.

Envergonhado do que havia feito, de haver negado a JESUS, Pedro até tentou voltar à sua antiga vida... Porém após uma noite inteira de tentativas, Pedro não conseguiu pescar nada! (JO. 21:3)

Mais tarde, na praia, ocorre o seguinte diálogo entre JESUS e Pedro:

"Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas". João 21:17

É interessante percebermos que, da mesma forma que Pedro havia negado a JESUS por três vezes, JESUS pergunta três vezes a Pedro se este O ama.
Gostaria de direcionar essa pergunta a você...

Você ama a JESUS? Tem certeza? Então volte-se para a Bíblia e verifica o que JESUS afirmou em João 14:23... E, diante dessa "prova de amor" que JESUS estabeleceu, reconsidere sua posição.
E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
João 21:15-17
E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
João 21:15-17